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Foto do escritorMayara Beani

Terceiro dia de protestos contra o Presidente Jair Bolsonaro

Atualizado: 7 de jul. de 2021

Atingindo mais de 300 cidades em todos os estados brasileiros e no exterior

Manifestantes se reuniram no Centro do Rio de Janeiro — Jorge Hely/Framephoto/Estadão Conteúdo

No último sábado, 3 de julho, ocorreram novas manifestações contra o Presidente Jair Bolsonaro (sem partido), denominado #3JForaBolsonaro. O ato, que era previsto para 23 de julho, foi antecipado devido às polêmicas de corrupção na compra de vacinas e ao Superpedido de Impeachment protocolado no último dia 30.


Este foi o terceiro dia de manifestações contra o atual Governo Federal e a sua gestão da pandemia. Os outros ocorreram em 29 de maio e 19 de junho . Em geral, as manifestações deste sábado ocorreram pacificamente, estando a maioria dos manifestantes adequadamente portando máscaras e respeitando algum distanciamento social, apesar de pontos de aglomeração.


Os protestos contaram com a presença de artistas como Tico Santa Cruz, Fernanda Lima e Rodrigo Hilbert e Zélia Duncan. Personalidades Políticas, como o coordenador da Frente Povo Sem Medo, Guilherme Boulos (PSOL), a presidente nacional do PT, Gleise Hoffmann, e o ex-prefeito Fernando Haddad discursaram em SP a favor do impeachment. Os movimentos Indígenas e LGBTQIA+ também marcaram presença nos eventos.


Além dos tradicionais cartazes de #ForaBolsonaro, frases como “Vai cair”, “Quem você perdeu por 1Dólar?”, “a sua vida vale 1dólar” e ”não era negacionismo, era corrupção”, também marcaram os registros fotográficos das manifestações, que também contaram com intervenções artísticas como as notas de 1 dólar tingidas de vermelho e cartazes em tamanho real ilustrando o Presidente Jair Bolsonaro, seus filhos, o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o líder do governo da Câmara, Ricardo Barros (PP) e o presidente do Congresso, Artur Lira (PP) vestidos de presidiários.


Ainda que tímida, a bandeira do Brasil voltou a figurar entre os manifestantes com frases como “Fora Bolsonaro, essa bandeira é nossa”, e cruzes substituindo as estrelas com menção às mais de 520mil mortes pela Covid-19. Para conferir mais imagens das manifestações siga as #3j, #3JForaBolsonaro, recomendamos os perfis @fotografospelademocracia; @midianinja; @magnesio; @dudaduci.

Em São Paulo, houve confronto entre a Polícia Militar, seguranças do metrô e manifestantes no final da tarde, durante a dispersão, em que agencias bancárias e estações do metrô foram depredadas e, manifestantes e fotojornalistas foram agredidos.

Os atos que ocuparam mais de 300 cidades em todo o país, além de manifestações no exterior como Portugal e Alemanha, pediam dentre outras pautas, agilidade na vacinação, auxílio emergencial de R$600 até o fim da pandemia, além de protestos contra a PL490 e principalmente o pedido de impeachment do Presidente Jair Bolsonaro, com claras manifestações referenciando as denúncias que foram foco na CPI da Covid-19 na semana passada.


No dia 30 de junho, um superpedido de impeachment do Presidente Jair Bolsonaro, foi protocolado por partidos políticos, parlamentares e entidades da sociedade civil. O super pedido tem 46 signatários e consolida os argumentos de outros 123 pedidos anteriores, atribuindo ao Presidente da República 23 crimes de responsabilidade, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), porém, afirma que não considera haver condição política e materialidade para o andamento do impeachment.


Dentre os crimes mais recentes apontados, está o de prevaricação (crime cometido por funcionário público quando, indevidamente, este retarda ou deixa de praticar ato de ofício) no caso de suspeita de corrupção na compra da vacina Indiana Covaxin, em que os Irmãos Miranda denunciam terem alertado o Presidente quanto às irregularidades contratuais na negociação. As doses seriam compradas por 15 Dólares cada, o que seria aproximadamente R$75,25, maior preço dentre os contratos já realizados pelo Ministério da Saúde. O contrato contemplava 200milhões de doses, equivalente a cercade 1,6 bilhões de realis, a transação previa o pagamento adiantado de 45 milões à empresa Madison biotech, que não fazia parte do contrato entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde. Os irmãos Miranda denunciaram ainda, sofrerem pressão para agilizar a conclusão do referido contrato.


Ainda na última semana, em notícia denúncia realizada pela Folha de São Paulo, o Governo Bolsonaro teria pedido propina de US$ 1 por dose da vacina da Farmaceutica AstraZeneca, em venda intermediada pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que confirmou a denúncia em depoimento à CPI, apesar da AstraZenica alegar que o mesmo não a representaria.




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