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Índice de home office cai após flexibilização da quarentena

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    Femme News
  • 31 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

Segundo IBGE, 700 Mil pessoas podem ter voltado à rotina de trabalho presencial


Por Clara Maria Lino

Foto: Reprodução / Internet

Um estudo realizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios COVID19 (PNAD COVID19), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (31), aponta que o número de trabalhadores em casa, o famoso Home Office, caiu pela primeira vez desde o início da pandemia no Brasil, em março de 2020.


Segundo a pesquisa, quase 9 milhões de pessoas trabalhavam de forma remota na primeira semana de julho alegando distanciamento social. Já na segunda semana, o número caiu para 8,2 milhões. Os dados representam cerca de 700 mil pessoas que podem ter retornado ao trabalho presencial.


Para a coordenadora do estudo, Maria Lúcia Vieira, os dados representam um retorno aos locais de trabalho antes da pandemia. “Essa é a primeira queda significativa nesse grupo desde o início de maio, quando a pesquisa começou. A redução foi observada tanto em valores absolutos (643 mil) quanto percentuais (11,6%) e reflete o que já estamos vendo, que é o retorno de parte dessas pessoas aos seus locais de trabalho antes da pandemia”, relata a responsável pela pesquisa.

O estudo coordenado por Maria Lúcia Vieira espelha a realidade de Nataíse de Moura. A técnica contábil conta como está sendo a rotina após o retorno ao escritório de contabilidade em que trabalha em Porto Alegre: “Máscara sempre que saio de casa e uso no trabalho também. Não tenho como trocar a cada 2 horas, mas tenho usado ao menos duas diferentes durante o dia e a cada dia troco. Depois lavo elas em casa com água e sabão”, disse a gaúcha.


Ela ainda relata como foi fazer o escritório em casa: “Nossa! Trabalhei muito mais. Muitas vezes passava do horário de expediente para dar conta do serviço. Como trabalho com Departamento Pessoal, estava bem corrido, por conta de rescisões e suspensões de contrato de trabalho”, relatou Nataíse.


Ainda de acordo com o IBGE, na segunda semana de julho, sete milhões de pessoas justificaram a ausência do trabalho devido ao distanciamento social. Isso representa mais de um milhão a menos do que em comparação com a primeira semana na qual 8,2 milhões de pessoas alegavam a necessidade da distância causada pelo novo coronavírus.


Em contrapartida, houve aumento de 623 mil pessoas que alegaram outros motivos para justificar o trabalho em casa ou a licença. Ao todo, mais de 3 milhões alegaram outras razões como licença maternidade ou tratamento de doença. Neste quadro, no início de maio, 20 milhões de brasileiros estavam afastados do serviço por motivos diversos incluindo o distanciamento social. Já na segunda semana de julho, mais de 10 milhões de pessoas estavam ausentes ao todo.


Outra pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA), divulgada nesta terça-feira (28), aponta que o trabalho em casa foi estratégia usada para 46% das empresas durante a pandemia. O estudo apurou dados de 139 pequenas, médias e grandes empresas em todo o Brasil. De acordo com os dados, serviços hospitalares e indústria foram os setores que mais utilizaram o teletrabalho, representando 53% e 47%, respectivamente.


O regime de home office foi adotado por 55% das grandes empresas e 31% das pequenas. Em 33% dos empreendimentos houve o regime parcial. Ao todo, 41% dos empregados trabalharam de casa e 46% tinham essa possibilidade. De acordo com os dados da pesquisa, quase 58% dos funcionários de comércio e serviços trabalharam em casa nas grandes empresas. Já nas pequenas foram 52%.


Com relação às estratégias utilizadas pelas empresas, 12% afirmam ter demitido funcionários durante a pandemia. A redução de carga de trabalho com redução também de salário representa 23%. Em 46% dos casos houve antecipação das férias. Nem 10% das empresas afirmam ajuda de custo com internet, telefone e material de trabalho, segundo a pesquisa. Em apenas 9% dos casos houve ajuda com custos de conexão e em 7% com custos de telefonia.


A pesquisa aponta que apesar das dificuldades, 50% das empresas relatam que o home office superou as expectativas e 44% relatam que a modalidade de trabalho está dentro do esperado, mas 36% não pretendem manter o trabalho à distância após o fim da pandemia. Em 29% dos casos estudados as empresas pretendem manter pelo menos metade do quadro de funcionários em casa ou até mesmo toda a empresa.

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