Zoológico de Nova York pede desculpa por ter enjaulado e exposto um homem negro como um macaco
- Femme News
- 5 de ago. de 2020
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Atualizado: 5 de ago. de 2020
Ota Benga foi usado de maneira racista como atração aos visitantes do parque juntamente com macacos, durante vários dias. Anos depois cometeu suicídio
Por Raissa Martins

O Zoológico do Bronx, localizado em Nova York, pediu desculpa por ter explorado Ota Benga, o jovem negro que foi usado de maneira desumana, racista e tratado como um macaco, servindo de atração no parque por vários dias, em 1906.
A Wildlife Conservation Society, organização vinculada ao zoológico, fez um comunicado recentemente pedindo desculpa, relatando também que Benga foi colocado como exposição na Casa dos Macacos por vários dias em setembro de 1906:
"Primeiro, pedimos desculpas e condenamos o tratamento de um jovem da África Central do povo Mbuti da atual República Democrática do Congo. O nome dele era Ota Benga".

"Funcionários do zoológico do Bronx, liderados pelo diretor William Hornaday, colocaram Ota Benga em exposição na Casa dos Macacos do zoológico por vários dias durante a semana de 8 de setembro de 1906, antes que a indignação dos ministros negros locais" afirmou a WCS.
A organização reconheceu após anos que o ato foi totalmente racista e diz que pretende desempenhar papéis para enfrentar atos discriminatórios: "Reconhecemos que o racismo aberto e sistêmico persiste, e nossa instituição deve desempenhar um papel maior para enfrentá-lo".
De acordo com informações do AH, Ota era obrigado a interagir com orangotangos e colocado na jaula para passar a imagem de um selvagem. Também, era obrigado a mostrar seus dentes afiados, característica comum na cultura do povo Mbuti.
Aos 32 anos de idade, infelizmente, Ota Benga cometeu suicídio ao atirar em seu coração com um revólver, dia 20 de março de 1916.
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