Volta às aulas: um assunto polêmico e que divide opiniões

Levar ou não levar as crianças para a escola? Eis a questão.

Por Ana Luiza Couto

Foto: Damien Meyer/AFP

Após mais de quatro meses do isolamento social e do afastamento das atividades escolares, autoridades começaram a planejar a volta às aulas. Embora pais e profissionais da educação acreditem que a educação escolar seja imprescindível para que crianças e adolescentes, acima de tudo, estejam inseridos em um círculo social e tenham conhecimento das disciplinas aplicadas, este tem sido um assunto polêmico.

Muitos pais e responsáveis destes estudantes chegaram a afirmar que, enquanto a vacina do novo coronavírus não seja aplicada, não enviarão as crianças para a instituição. A Organização Mundial da Saúde vem ressaltando desde o início da pandemia que, apesar de contraírem o Covid-19, a maioria das crianças são assintomáticas e, sem perceber, acabam transmitindo o vírus para os adultos do seu círculo de convívio que podem fazer parte do grupo de risco.

Ainda que o Ministério da Educação afirme que devidas prevenções para que os pequenos mantenham a distância, os responsáveis, com sua total consciência do comportamento de seus filhos, acreditam que controlar uma grande quantidade de crianças poderá ser impossível. Já outros, acreditam que, com professores bem instruídos, as escolas podem retomar suas atividades.

Não só o Brasil mas quase todos os países que visam o fim da quarentena escolar, afirmam que tal medida busca diminuir a desigualdade de aprendizagem e que todos tenham acesso a informação nesse momento tão delicado em que se encontra o mundo. Algumas escolas públicas e particulares mantiveram as aulas, mas virtualmente, por chamadas de vídeo. Vale lembrar que a presença nas instituições de ensino será facultativa enquanto não houver a distribuição da vacina do novo coronavírus.