Presidente dos EUA diz que manifestações antirracistas são “terrorismo doméstico”
Por Beatriz Costa
A cidade de Kenosha, em Wisconsin, vive uma onda de protestos antirracistas após Jacob Blake, um homem negro, ser baleado sete vezes por um policial branco. Nesta terça-feira (1°), pouco mais de uma semana depois do ocorrido, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou ajuda de cerca de U$4 milhões para a segurança pública e pequenos empresários para “reconstruir a cidade”. A visita foi cercada de controvérsias de autoridades locais, que receavam que a presença do presidente agravaria mais os ânimos dos manifestantes.
A comitiva presidencial foi recebida por manifestantes a favor do presidente e por ativistas "Black Lives Matter" — Vidas Negras Importam —, que protestam contra o racismo nos EUA. Trump insistiu que o Departamento de Justiça americano irá investigar a violência das manifestações e afirmou que "Kenosha foi devastada por tumultos contra a polícia e contra os EUA. Não são atos de protestos pacíficos, mas de terrorismo doméstico".
O presidente republicano aproveitou a situação para voltar a criticar a gestão da crise feita pela oposição, que governam também, além de Kenosha, cidades como Portland e Minneapolis, onde também acontece protestos contra racismo e atos policiais: "Acho que muitas pessoas estão vendo o que está acontecendo com essas cidades governadas por democratas, e estão enojadas".
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