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Torres do Congresso Nacional são iluminadas com frases de apoio ao veganismo

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    Femme News
  • 15 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

Em pesquisa realizada pelo Ibope em 2018, cerca de 14% da população brasileira se considerava vegetariana, um aumento de 75% em relação a outra pesquisa feita em 2012


Por Natasha Silveira

Foto: Gedai

Na noite desta terça-feira (14), as torres do Congresso Nacional, em Brasília, foram iluminadas com projeções em frases de apoio ao veganismo como "Animal não é coisa", "Maus-tratos a animais é crime", "Não ao abandono de animais!", "Animais sentem" e "Considere o Veganismo". A ação foi feita pelos ativista integrantes do Grupo de Estudos sobre Direitos Animais e Interseccionalidades (Gedai), Frente de Ações pela Libertação Animal (FALA), Mercy For Animals Brasil, Fórum Animal, Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) e Banda Herbivoria. O ato foi solicitado pelo deputado federal Célio Studart (PV-CE), com o intuito de promover a conscientização das pessoas sobre a causa animal e o veganismo


Em outros pontos da cidade também tiveram mensagens para recordar que o consumo da carne resulta nas pandemias que afetam os humanos, como o novo coronavírus, Sars, H1N1, ebola, gripe suína e gripe aviária. No último dia 6, em relatório publicado pela Organização das Nações Unidas (ONU), afirma que algumas tendências favorecem o surgimento das doenças zoonóticas, entre animais e humanos, o que faz com que cresça a demanda por proteína animal, aumento da exploração da vida silvestre, crise climática e a expansão da agropecuária. De acordo com o relatório, a demanda crescente por alimento de origem animal aumenta a intensificação e industrialização da produção animal, e assim, quanto mais a agropecuária cria e aprisiona animais com o mesmo perfil genético, próximos uns dos outros, mais chances possuem de contraírem e de disseminar novas doenças.


“Animais domésticos estão sendo mantidos em estreita proximidade e, muitas vezes, abaixo da condição ideal. Essas populações hospedeiras geneticamente homogêneas são mais vulneráveis ​​às infecções do que aquelas geneticamente diversas”, informa o relatório “Prevenir a Próxima Pandemia: Doenças Zoonóticas e Como Quebrar a Cadeia de Transmissão”. Em pesquisa realizada neste mês pela FMCG Gurus, afirmaram que o crescimento do consumo de alimentos veganos aumentou 26% desde abril, segundo a pesquisa isso é resultado também do impacto causado pela pandemia da Covid-19, em março esse percentual estava mais baixo. Em abril, o aumento foi de 18% e continuou aumentando, entre os principais motivos para a mudança no hábito alimentar dos consumidores estão a preocupação com a saúde e o meio ambiente. “Em maio, 55% dos consumidores declararam que acreditam que os alimentos à base de vegetais são mais saudáveis. Isso destaca o desejo por melhores alternativas à medida que estão adotando uma abordagem holística da saúde para o futuro”, frisa a FMCG Gurus.


O Financial Times publicou recentemente que a crise causada pela Covid-19 está reestruturando o mercado de carnes devido a popularização e o aumento das vendas alimentícias à base de vegetais, principalmente nos EUA, o que vem ocorrendo é um cenário de desaceleração do consumo da carne animal e paralisação dos matadouros em razão da disseminação do novo coronavírus. Bruce Friedrich, diretor executivo do Good Food Institute, observou que apesar da carne à base de vegetais ser ainda uma pequena representação do mercado de proteínas, o produto tem tido um crescimento rápido em popularidade nos últimos anos, cuja tendência acelerou devido a crise da Covid-19. Segundo Friedrich, os produtos à base de vegetais não tendem a sofrer muito pela crise causada já que o processo de produção é mais automatizada e não necessita de muita mão de obra, contando também com uma cadeia de suprimentos menos volátil.


Na Coreia do Sul, o total de veganos subiu para 500 mil em uma população de pouco mais de 50 milhões, de acordo com dados da União Vegetariana da Coreia do Sul, há dez anos atrás esse número não passava dos 150 mil. Segundo a UVC, esse número pode chegar até a 10 milhões devido ao número de pessoas que estão reduzindo o consumo de carne animal no país. Essas mudanças têm sido percebidas por empresários que estão se atentando mais para o mercado de alimentos à base de vegetais, por compreenderem que produtos veganos não têm como público-alvo apenas os já veganos e sim um público mais amplo. O presidente da UVC, Lee Won Bok, relatou ao Korea Herald que cada vez mais as pessoas estão interessadas em buscar uma dieta mais saudável sem alimentos de origem animal, e também pensando na conscientização dos direitos animais e no meio ambiente.




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