IBGE estima que o número de desempregados no Brasil esteja em 14,4 milhões
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o número de desempregados no trimestre encerrado em fevereiro é de 14,4 milhões. A estimativa representa um aumento de 2,9%, ou seja, mais de 400 mil pessoas sem emprego em relação ao trimestre anterior (setembro a novembro de 2020). É o maior nível nos últimos nove anos.
Em tempos de crise, o mercado de trabalho geralmente é o último a se recuperar. No final do ano passado o mercado teve uma melhora, mas atualmente enfrenta graves consequências devido à pandemia da Covid-19. De acordo com a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, “O primeiro trimestre desenha aumento da desocupação recorde. Fevereiro não teve Carnaval e outros eventos, estamos perdendo a robustez da ocupação que vimos no fim do ano passado”.
O contingente de pessoas ocupadas é de aproximadamente 85,9 milhões no trimestre encerrado, e é decorrente da informalidade. Ainda na fala da analista, “O trimestre volta a repetir a preponderância do trabalho informal, reforçando movimentos que já vimos em outras divulgações”. A categoria de pessoas que trabalham por conta própria é de 23,7 milhões de pessoas, o que representa o percentual de 3,1% comparado ao trimestre anterior.
Segundo dados do Ministério da Economia, em março, a criação de vagas formais de trabalho desacelerou e os pedidos de seguro-desemprego atingiram a maior marca em oito meses. Esse movimento coincidiu com o recrudescimento da pandemia da Covid-19 no país.
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