“Stop Bolsonaro”: do Brasil para o mundo

Ato organizado por partidos e manifestantes da oposição já mobilizou o mundo

Por Larissa Marques

Foto: Matheus W Alves/ Futura Press/ Estadão Conteúdo

No último domingo (28), cidades brasileiras e do exterior promoveram atos contrários ao governo atual do Brasil. O movimento chamado “Stop Bolsonaro” critica as declarações e ações do atual presidente, sobretudo neste momento de pandemia de coronavírus, em que mais de 57 mil pessoas já morreram só no Brasil.

Em frente à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, manifestantes colocaram cruzes fincadas ao chão. A saber, foram cerca de mil cruzes representando as vítimas do coronavírus assim como pedindo o impeachment do presidente. Os atos serão promovidos de forma universal.

No Brasil, os atos foram organizados pelo grupo Coletivo Resistência e Ação. De acordo com umas das organizadoras do movimento, Cleide Martins, o objetivo é explicitar a dor das pessoas que perderam seus entes queridos em decorrência da política, a qual a organizadora mencionou como “política genocida do Bolsonaro”.

“São pessoas que não concordam com a ausência de política de valorização da vida, com o descaso do governo”, afirma ela. E finaliza dizendo que, “Sabemos que muitas das pessoas que estão perdendo as pessoas não podem sequer se despedir”.

Segundo o El País, partidos como o PT e o PCdoB, além de movimentos sociais como o MST, sindicatos como a CUT, entre outras entidades e coletivos, assim como Resistência e Ação.

Em cartazes e faixas levadas pelos manifestantes em Brasília, haviam frases como: #ForaBolsonaroMourãoECentrão", "Bolsonaro, pare de negar" e "Bolsonaro, stop denying". Ainda mais, o movimento avançou pelas ruas de outros estados brasileiros, como a avenida Paulista, em São Paulo.

Foto: AMANDA PEROBELLI/ REUTERS

Nesse interim, o movimento ganhou força mundial. A saber, no exterior já tiveram atos em mais de 20 países. Na França também houve protestos no último sábado. O lugar de escolha dos manifestantes foi o Jardim Marielle Franco, no 10° distrito da capital. Um lugar inaugurado no ano passado para homenagear a vereadora assassinada.

Em cartazes no exterior, além de haver mensagens pedindo a saída do presidente, haviam frases que Bolsonaro dizia quando era perguntado sobre o caso de mortes causados pela Covid-19: “É um só uma gripezinha”, “Alguns idosos irão morrer”, “Eu não sou coveiro”, “E daí?”, “Culpem os governadores dos Estados” etc.

Ademais, no domingo pela manhã a hashtag #stopbolsonaro e #stopbolsonaromundial ficou no Trending Topics do Twitter Brasil, ficando entre os 15 assuntos mais comentados. Inclusive, membros de partidos também foram a favor dos atos nas redes sociais. Eduardo Suplicy, vereador da cidade de São Paulo, comentou em seu perfil no Twitter: “Como Jair Bolsonaro não respeita o seu juramento de cumprir a Constituição ele precisa deixar o governo. #StopBolsonaroMundial #StopBolsonaro”.

Além de Eduardo Suplicy, também comentaram em suas redes sociais: Benedita da Silva, com um vídeo mostrando o ato na manhã do domingo e Erika Kokay, Deputada Federal do PT no DF. Ainda mais, a presidente do partido PT, Gleisi Hoffmann, estivera presente nos atos.