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STJ decide manter Wilson Witzel afastado do cargo

14 ministros votaram a favor de manter o governador do RJ afastado do cargo por mais seis meses


Por Larissa Marques

Foto: Reprodução/ Mauro Pimentel/AFP

O Superior Tribunal de Justiça decidiu em uma sessão marcada para hoje (2), manter o governo do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afastado do cargo por mais 180 dias. A saber, Witzel está afastado do cargo desde a última sexta-feira (28). As acusações da PGR (Procuradoria-Geral da República) são de que o governador é suspeito de irregularidades de desvio público de dinheiro na área da saúde no estado.


Durante o julgamento estavam presentes 15 ministros pertencentes à Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça. Eram necessários cerca de 10 votos a favor de manter o governador afastado do cargo, e como resultado tiveram 14 votos contra um em desacordo com a decisão.


A saber, o ministro Benedito Gonçalves foi o relator no caso e deu seu voto a favor da medida. Em seguida, ministros Francisco Falcão, Og Fernandes, Luís Felipe Salomão, Mauro Campbell, Raul Araújo, Antonio Carlos Ferreira, Marco Buzzi, Sergio Kukina e Humberto Martins, presidente do STJ e que foi o último a votar a favor, e pelas ministras Nancy Andrighi, Laurita Vaz, Maria Thereza de Assis Moura e Isabel Gallotti. Entretanto, o ministro Napoleão Nunes Maia foi contra a decisão.


Segundo o ministro Napoleão Nunes Maia, sua discordância teria sido por ter identificado uma “hesitação psicológica” por parte do relator, o ministro Benedito Gonçalves. “Por que não decretou a prisão do governador, já que ele é chamado de chefe da organização criminosa? Por que o Benedito hesitou nessa medida extrema? Porque sabe que toda essa pretora de indícios pode ser destruída durante a instrução”, declarou o ministro.


“O afastamento de um governador deve ser pela Assembleia. Este governador teve quase cinco milhões de votos. E por uma decisão monocrática ele é afastado? Os deputados que assumam o encargo”, afirmou ainda Napoleão e que segundo ele, deveria caber à Assembleia Legislativa a decisão de afastamento de Witzel e não ao judiciário.


Em sua rede social, o Twitter, Wilson Witzel afirmou que respeita a decisão do STJ, mas negou que tenha cometido atos ilícitos. Ademais, ele ressaltou que não recebeu nenhum valor desviado dos cofres públicos e continuará a trabalhar em sua defesa. Por fim, Witzel desejou a Cláudio Castro, o governador que está em exercício, serenidade para conduzir os trabalhos.


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