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Foto do escritorNatasha Sioli

Segundo o Datafolha, Eduardo Paes segue na liderança para o 2º turno das eleições no RJ

Eleitores de candidatos anteriores demonstram intenções de voto no ex-prefeito do Rio


Foto: G1

Eduardo Paes apresenta grande vantagem para o segundo turno das eleições no Rio de Janeiro, enquanto seu oponente, Crivella, continua caindo nas intenções de voto. Os dados apresentados são de uma pesquisa feita pelo Datafolha nos dias 17 e 18 de novembro, divulgada na última quinta-feira (19).


Eduardo Paes totaliza cerca de 54% das intenções de voto, Crivella possui 21%, aos votos brancos ou nulos a porcentagem é de 22% e aos que não souberam ou não quiseram responder o número é de 3%.


De acordo com a pesquisa, Eduardo Paes possui uma vantagem maior que Crivella entre as mulheres, com cerca de 58% contra 17%. Também continua crescendo entre os que têm 60 anos ou mais, ganhando de 60% contra 21%, aos que possuem renda familiar mensal de mais de 10 salários mínimos, com 79% contra 10%, entre os funcionários públicos, com 65% contra 11%, está em vantagem também com os católicos, com 68% contra 10%, e também com os simpatizantes do PT, com 72% contra 11%. Porém, Crivella continua conquistando os votos dos evangélicos, somando 46% contra os 29% de Paes.


Além disso, os eleitores de Martha Rocha e de Benedita da Silva já deram apoio ao ex-prefeito Eduardo Paes, tendo declarado que 64% dos que votaram em Martha disseram que votariam em Paes enquanto somente 10% votariam em Crivella. Já os que votaram em Benedita, as intenções de voto para Paes é de 8%.


Os candidatos já realizaram o debate para a reta final da campanha. Os dois estiveram presentes em um dos estúdios da TV Bandeirantes, na Zona Sul do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (19). Sem plateia, os candidatos ficaram separados por uma barreira física, sem a necessidade do uso da máscara, em razão da pandemia. Conforme concedido pela emissora, os direitos de resposta de cada um só foram concedidos para casos em que houvessem ofensas pessoais.


Separado em quatro blocos, o debate abordou temas como saúde, mobilidade urbana, segurança e educação, tendo o último bloco para as considerações finais de cada candidato. Nas primeiras perguntas, o jornalista questionou o que os motivava a querer assumir a prefeitura do Rio, a resposta de Paes foi que a cidade "deixou de ter perspectivas" e prometeu que se for eleito vai fazer "dar certo". em contrapartida, Crivella respondeu com críticas ao governo de Paes em sua gestão, e afirmou que "o Rio não pode voltar para a época dele", tendo citado as obras superfaturadas, quebras de ciclovia e o prejuízo, segundo o próprio Crivella, de R$ 700 mil por dia gerado pelo VLT, transporte leve sobre trilhos.


Mas, ao serem questionados sobre o que fariam em caso de haver uma "segunda onda" de contágio da Covid-19 na cidade, nenhum dos dois respondeu a pergunta. Crivella apenas questionou sobre os dados que foram apresentados por Paes. Crivella também não respondeu sobre suas primeiras atitudes caso seja eleito como prefeito, mas Paes afirmou que tornará a saúde uma prioridade e disse que irá "recompor as equipes de saúde das clínicas da família", dizendo também que pretende recontratar agentes da saúde e reabastecer as farmácias.


Nas considerações, Crivella agradeceu à emissora pelo debate e relatou que sua gestão não foi como pretendia. "Isso não foi fácil. Tivemos enchentes, tivemos desmoronamentos por toda a cidade. As obras olímpicas, como a do BRT, quebraram. Tive que mover ação na Justiça contra eles. Tentei também uma PPP [parceria público-privada] no BRT e foi uma confusão pra negociar. Mas, graças a Deus, com a nossa luta, chegamos a bons resultados. Nós fizemos mais cirurgias, tivemos melhores resultados na educação e vamos melhorar ainda mais a cidade se tivermos a oportunidade de continuar", disse Crivella.


"Eu tenho a honra de, nesse segundo turno, representar mais do que só a minha candidatura, mas um grupo de pessoas que não aguenta mais tanta omissão, tanto abandono. Um grupo de pessoas que não aguenta mais o que faz o Crivella com a nossa cidade. Que essa prefeitura completamente sem funcionar faz com a nossa cidade", afirmou Eduardo Paes. "Quero repetir aqui o sofrimento na saúde das famílias, sem médicos, com desabastecimento de medicamentos, com esse índice absurdo de mortes – o dobro do índice de letalidade de São Paulo, que nós tivemos com o coronavírus –, um desmonte total do sistema de transportes. A população não consegue pegar um ônibus, hoje. Enfim, a segurança, a violência nas ruas aumentando. Ou seja, o carioca tá sentindo isso. O carioca tem na memória que não era tudo perfeito no meu governo, mas que a cidade olhava pra frente e os serviços funcionavam."


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