Em resposta a usuário no Facebook, presidente defende o aumento na conta de luz
Nesta terça-feira (01), o presidente Jair Bolsonaro defendeu o aumento da conta de luz no país dizendo que os reservatórios estão com "níveis baixíssimos" e que, se nada fosse feito, haveria um risco de apagão. O aumento nas contas foi anunciado na segunda-feira (30) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e começa a valer a partir desta terça.
Além disso, o presidente também defendeu uma campanha contra o desperdício de energia elétrica. “As represas estão [com] níveis baixíssimos. Se nada fizermos poderemos ter apagões. O período de chuvas, que deveriam começar em outubro, ainda não veio. Iniciamos também campanha contra o desperdício”, escreveu Bolsonaro em resposta ao comentário de um usuário no Facebook.
Os diretores da Aneel decidiram, durante uma reunião extraordinária, retomar a cobrança das bandeiras tarifárias nas contas de energia e também já decidiram acionar a bandeira vermelha no segundo patamar, a mais alta categoria desse sistema. A taxa extra será de R$ 6,243 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
A decisão ocorre porque o nível dos reservatórios de algumas usinas hidrelétricas está muito baixo. Isso obriga o governo a acionar usinas térmicas, que têm custo mais alto. Esse custo extra é repassado ao consumidor.
Quando chove menos os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais térmicas para garantir o suprimento de energia no país. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas.
Em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia gerada por meio de usinas térmicas, que é mais cara do que a hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração de geração.
Comments