Saiba o que o Ex-ministro da saúde Eduardo Pazuello disse em depoimento da CPI da Covid

Eduardo Pazuello ex-ministro da saúde no governo Bolsonaro se considerou plenamente apto para o cargo que exerceu

Foto: Reprodução/Agência Brasil

Eduardo Pazuello, ex-ministro da saúde no governo Bolsonaro atuou na pasta de maio de 2020 até março de 2021, prestou depoimento à CPI da Covid-19 nesta quarta (19) e quinta (20).

Em depoimento Eduardo Pazuello negou que tenha assumido a pasta com a condição de seguir ordens do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) de recomendar o tratamento precoce contra o vírus. Também se considerou plenamente apto para o cargo que exerceu.

Sobre ser responsável pela explosão da Covid-19 no Brasil, o ex-ministro apontou que "Todos os gestores em todos os níveis são responsáveis, cada um no seu nível de responsabilidade".

Manaus

Sobre o colapso em Manaus, afirmou que "No momento que cheguei em Manaus e tomei conhecimento da gravidade do problema in loco, no domingo, dia 10, nós passamos a auxiliar e apoiar naquilo dali. Foi quando nós soubemos, e foi quando nós agimos. É óbvio, se eu tivesse sido acionado antes, eu teria agido antes".

No entanto, essa declaração feita por Pazuello diverge de informação feita pela AGU (Advocacia-Geral da União), que o governo Federal sabia da escassez de oxigênio em Manaus desde o dia 8.

Imunidade em rebanho

Ao falar sobre a imunidade em rebanho, o ex-ministro disse que é real, mas que não pode ser a única estratégia de imunização. Disse então "Que se tem uma imunidade a partir de várias pessoas, não há dúvida, mas como não se sabe o grau de força desses anticorpos, e por quanto tempo ele fica no organismo, não se pode estar apoiado apenas nesta tese. Tem que partir para a imunização com vacina".

Pfizer

Pazuello disse que entregaria documento para comprovar que houve respostas à empresa americana, ao contrário do que o CEO da Pfizer, Carlos Murillo, e do ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, disseram em depoimento. Estes afirmaram que o governo brasileiro ficou dois meses sem dar retorno à farmacêutica.

Para o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), Pazuello mentiu muito ao longo do depoimento. O ex-ministro por sua vez negou que tenha faltado com a verdade.

Já o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AM) disse que o ex-ministro protegeu Bolsonaro.

E o presidente Jair Bolsonaro diz que Pazuello foi muito bem, e que a CPI “é um vexame nacional”.