Relembre o primeiro implante de coração artificial feito em humanos

Dispositivo age independentemente, sem a ajuda de fios

Por Ana Luiza Couto

Imagem: Reprodução Folha de S. Paulo

Não é novidade que transplantes de corações humanos sejam feitos. Em 1967, um cirurgião sul-africano foi o pioneiro da cirurgia que, posteriormente, salvaria milhões de vidas. Mas, há exatos 19 anos, a primeira cirurgia para o implante de um coração 100% artificial foi realizada nos Estados Unidos. O órgão artificial foi considerado um dos maiores avanços da medicina do final do século XX e no início do século XXI.

O coração funcionava como um dispositivo totalmente independente, que trabalhava sem a ajuda de fios. Mas, infelizmente, o paciente de 59 anos viveu apenas 151 dias após a cirurgia. Com o passar do tempo, os cientistas e médicos foram se aperfeiçoando e atualmente salvam dezenas de vidas ao redor do mundo.

Em outros países, o coração humano é retirado e o artificial é colocado, exercendo a mesma função do órgão natural. Já o modelo criado no Brasil, é complementar ao órgão do paciente. O órgão enfraquecido passa o sangue para o dispositivo implantado, que é responsável pela distribuição para todo o corpo. A vantagem de não retirar o órgão é que evita que o corpo rejeite. Além disso, se o artificial parar, dá tempo suficiente para trocar.

O valor estimado do órgão é de R$60 mil no Brasil e chega a custar R$500 mil nos outros países. Estima-se que daqui alguns anos, a cirurgia seja realizada gratuitamente pelo SUS.