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Foto do escritorNatasha Sioli

Quino, criador da personagem “Mafalda”, morre aos 88 anos

Sua morte foi confirmada pelo seu editor, Daniel Divinsky, através das redes sociais


Foto: Miguel Riopa/AFP/Arquivo

O cartunista argentino e criador da personagem Mafalda, Quino, morreu nesta quarta-feira (30) aos 88 anos. A causa da morte não foi confirmada, mas ocorreu após o artista sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) dias atrás e foi confirmada pelo seu editor Daniel Divinsky nas redes sociais, "Quino morreu. Todas as pessoas boas do país e do mundo ficarão de luto por ele".


Quino ficou conhecido mundialmente pelas histórias em quadrinhos da personagem Mafalda, uma menina de seis anos e com grande preocupação pelos problemas sociais, na última segunda-feira (28) Mafalda completou seus 56 anos. Graças a ela, Quino chegou a vencer diversos prêmios e honras internacionais e foi escolhido como o cartunista do ano em uma comissão global de artistas no ano de 1984 e também recebeu a Legião de Honra francesa em 2014.


A personagem foi criada durante o seu primeiro emprego como desenhista publicitário, em 1962, e Mafalda seria personagem de uma propaganda da empresa Siam de Tella. No entanto, a personagem foi recusada por vários jornais da época e Quino só voltou a desenhar Mafalda no ano seguinte, em 1964, quando a primeira tirinha foi publicada na revista "Primera Plana" e Mafalda foi colocada em jornais de todo o mundo. Foi feito também um livro de Mafalda, que teve tradução para mais de 30 idiomas e um filme em 1982 produzido na Argentina.


Foto: Reprodução

Joaquín Salvador Lavado Tejón nasceu em Mendoza, na Argentina, no ano de 1932, onde voltou a morar em 2017 quando perdeu sua esposa, Alicia Colombo. Criou muitas outras histórias e é considerado o cartunista com as histórias em quadrinhos mais traduzidas da língua espanhola. Além de Mafalda, desenhou outras tirinhas ao longo da vida como dos personagens Manolito, Susanita, Guille, Filipe e Libertad.


Depois de realizar mais de 2 mil tirinhas, ele decidiu que não iria mais desenhar a Mafalda, no ano de 1973, mas continuou a criar outras histórias com o mesmo tom político, abordando temas sobre a opressão e desigualdade social para vários jornais de outros países. Durante uma entrevista em 2014, Quino foi questionado se Mafalda ainda teria o mesmo olhar crítico do mundo mesmo após tantos anos, o cartunista respondeu que sim "E tem mais argumentos ainda. Se você ver os jornais, não precisa nem perguntar o porquê."


Após a confirmação da morte do artista, seus colegas cartunistas prestaram homenagens nas redes sociais:




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