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Projeto Woman For Woman: um absorvente pode salvar vidas

Projeto da zona Sul de São Paulo ajuda mulheres em situação de Pobreza Menstrual distribuindo absorventes


Por Beatriz Catão

Foto: Divulgação

O projeto “Woman for Woman” visa a distribuição de absorventes menstruais para mulheres em situação de vulnerabilidade social, inicialmente, na região da zona Sul de São Paulo. É um projeto de TCC, sem fins lucrativos, criado e composto por oito alunas do curso de administração da Etec Carolina Carinhato Sampaio que viram a problemática da Pobreza Menstrual como uma oportunidade de mudar a realidade social.

Pobreza Menstrual é um termo criado na França que pode ser definido como “a condição em que uma mulher não tem o direito ou acesso à absorventes ou a meios de se higienizar durante a menstruação”. De acordo com a ONG Trata Brasil, em 2016, 1,6 milhão de brasileiras não possuíam banheiro em casa, 15 milhões não recebiam água tratada e 26,9 milhões moravam em locais sem coleta de esgoto. A falta de saneamento básico e acesso à água potável impacta diretamente na saúde da mulher, principalmente durante o seu período menstrual.

Atualmente possuem parceria para a distribuição dos absorventes com o Projeto Arrastão, uma organização sem fins lucrativos que acolhe e dá suporte às famílias que vivem em condição de pobreza na região do Campo Limpo, zona Sul de São Paulo. Nessa época de pandemia, eles estão distribuindo cestas básicas e, juntamente com o projeto “WFW”, acrescentaram dois pacotes de absorventes em cada uma.

Foto: Giovanna Souza

Entretanto, o projeto Arrastão só contempla meninas de 11 a 17 anos, não incluindo nenhuma minoria da comunidade LGBTQIA+. Então, segundo a líder do projeto, Giovanna Souza, “nós fizemos o senso e vimos que não contemplávamos nenhuma pessoa intersexual e nenhum homem transexual. Então, por causa do Projeto Arrastão e da pandemia, nós só contemplamos mulheres cisgênero, por enquanto, mas se nós realizarmos o senso e ver que possui um homem transexual ou uma pessoa intersexual em situação de vulnerabilidade social e que está dentro do Projeto Arrastão, nós também vamos contemplá-lo”.

Futuramente o projeto tem planos para crescer ainda mais após a finalização e entrega do TCC. As meninas seguem em busca de mais parcerias e de projetos que possuem a mesma visão e nicho que o delas, acolhendo mais mulheres em diferentes situações e lugares. “Nossos recursos são escassos, então não pensamos em ficar sempre fazendo a manutenção do projeto com o dinheiro do nosso bolso. Por isso estamos buscando no máximo de lugares possíveis para conseguir parcerias com empresas que fabricam absorventes, o que seria um recurso a mais para nós melhorarmos a distribuição”, afirmou Giovanna.

Pensando nisso, elas desenvolveram sozinhas um aplicativo, que será lançado até o fim desse mês, para arrecadar doações e disseminar informações confiáveis sobre o ciclo menstrual e a inclusão de minorias LGBTQIA+ ao tratar desse assunto, algo que fazem muito no seu perfil do Instagram (@womanforw). Além de trazer muitas informações baseadas em comprovações de profissionais da área da saúde, contribuem para a democratização do conteúdo para minorias que não possuem acesso a esse assunto.

Portanto, para doar os absorventes é só entrar em contato através do e-mail wfwwoman@gmail.com que elas vão retirar no local ou, se preferir, há a possibilidade de enviar por sedex. Também recebem doações em dinheiro através da conta do PicPay e do perfil no site da Vakinha: http://vaka.me/1205110.


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