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Outros oito nomes foram adicionados à lista, mas a Justiça pediu que expliquem o motivo da exclusão
Foram retirados 27 nomes da lista de personalidades negras que constavam na Fundação Cultural Palmares. O presidente da entidade, Sérgio Camargo, fez o anúncio na quarta-feira (2) através do seu perfil no Twitter, onde também divulgou a lista com os nomes, entre eles estão os cantores Gilberto Gil e Milton Nascimento, e também a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora Marina Silva. Outros oito nomes foram adicionados a essa lista, que são: Mussum, Pixinguinha, Marcílio Luiz Pinto, Luiz Paulo Costa Silva ("Negão do BOPE"), Luiz Melodia, Wilson Simonal, João Carlos de Oliveira e Jacira de Almeida Sampaio.
Em outro tweet, Sérgio Camargo disse: "Vamos valorizar quem merece! São estas as oito personalidades que serão incluídas inicialmente. Outros nomes foram aprovados pela diretoria da Palmares e serão adicionados ainda neste mês. Reparação e reconhecimento. A história não pode ser adulterada, nem a verdade ocultada".
A exclusão dos nomes faz parte do Projeto de Decreto Legislativo (PDL) de autoria do deputado federal José Guimarães, que pretende suspender a portaria da Palmares e modificar os requisitos para selecionar as personalidades negras que receberão a homenagem. As novas regras terão o intuito de excluir aqueles que são contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. A proposta de Guimarães já está na Câmara dos Deputados e outro igual já foi apresentada anteriormente pelo deputado Túlio Gadelha e outros quatro parlamentares.
A lista foi publicada pela primeira vez em 2011 e continuou recebendo mais nomes ao longo dos anos, tendo sido criada para relembrar aqueles que marcaram a história do Brasil e do mundo, sendo incluído brasileiros, como o escritor Machado de Assis, e o norte-americano Martin Luther King.
No entanto, após divulgada a lista dos nomes excluídos, a Justiça Federal da 1ª Região solicitou que o presidente da Fundação Palmares justifique o motivo da exclusão das personalidades, dando o prazo de cinco dias para que Sérgio Camargo dê uma explicação.
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