Prefeito de Maricá decreta novas medidas de enfrentamento a Covid-19
- Femme News
- 14 de mai. de 2020
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Foto: divulgação
A partir de agora Maricá terá barreiras sanitárias permanentes para diminuir o fluxo de pessoas na cidade. O anúncio foi feito pelo prefeito Fabiano Horta no último dia 13 durante transmissão ao vivo nas redes sociais da prefeitura. Apesar das medidas restritivas, o prefeito frisou que não se trata de um lockdown.
De acordo com o prefeito, a Secretaria de Ordem Pública e Gestão de Gabinete Institucional vai coordenar a barreira sanitária permanente 24h em alguns pontos da cidade. O primeiro deles será na RJ-114, que liga Maricá a Itaboraí.
“Vamos ter uma barreira permanente sanitária 24h fazendo um bloqueio, permitindo a passagem do fluxo das pessoas que precisarem trabalhar nas atividades essenciais, seja em Maricá, ou em municípios vizinhos. Mas é importante que as pessoas entendam que precisam ficar nas suas cidades. Essa barreira vai funcionar como um bloqueio e a diminuição do fluxo entre as cidades em todo o seu tempo”, disse.
Ainda segundo o prefeito, já a partir desta sexta-feira, 15, e durante todos os fins de semana, serão bloqueados os pontos de acesso a Itaipuaçu, como a Serrinha, Vivendas (na altura do bairro Cala Boca) e rotatória de Inoã, assim como foi feito no feriado do dia 1° de maio (Dia do Trabalhador), que resultou em uma diminuição de 35% do fluxo de carros, se comparado ao mesmo período do ano anterior. Além dos acessos a Itaipuaçu, também haverá bloqueio nos acessos à região litorânea do município como Ponta Negra e Barra de Maricá.
“Essas barreiras têm o objetivo claro de não permitir a vinda e o fluxo litorâneo para a nossa cidade nas épocas em que o mar está bonito, mas é uma hora que é necessária a restrição. E as barreiras vão funcionar fazendo com que as pessoas fiquem nas suas residências e nas suas cidades. Isso vai construir mais proteção para o município”, afirmou.
Durante a transmissão, o prefeito anunciou mais uma medida contra a pandemia: o pagamento de um salário mínimo (R$ 1.045) por três meses aos trabalhadores de pequenas empresas da cidade, através do Programa de Amparo ao Emprego (PAE), aprovado nesta quarta-feira na Câmara Municipal. A partir desse programa, há previsão de atingir 15 mil empregos formais e beneficiar mais de 1.600 empresas.
“As empresas vão receber da Prefeitura o benefício para que elas possam, ao longo dos próximos três meses, reorganizar a sua estrutura, seu funcionamento e arcar com a paralisia que sabemos que a economia tem tomado”, avaliou.
O chefe do Executivo também citou outras medidas já adotadas pela Prefeitura no enfrentamento à pandemia como o fechamento de áreas na cidade, o isolamento, o acréscimo no valor da Moeda Mumbuca (de 130 para 300 por três meses) e a criação do Programa de Amparo ao Trabalhador (PAT), que já pagou 19.583 pessoas informais no município. Segundo o prefeito, caso ainda tenham pessoas que não receberam o benefício, será feita uma busca ativa coordenada pelas secretarias de Desenvolvimento Econômico, Comércio, Indústria, Petróleo e Portos e pela Assistência Social para entender o motivo pelo qual não foi depositado o benefício.
Outra medida anunciada foi o pagamento da Renda Básica da Cidadania (Moeda Mumbuca) feito em partes, já a partir de junho, a fim de diluir o fluxo das pessoas nas ruas, principalmente em dias de pagamento do benefício.
No fim da transmissão, Fabiano Horta citou algumas das ações já efetuadas como a ampliação e distribuição de cestas básicas aos alunos da rede municipal de ensino e o Fomenta Maricá, que prevê a oferta de uma linha de crédito para os micro e pequenos empresários da cidade, cuja operação se dará com a Agência de Fomento do Rio de Janeiro (AgeRio). A iniciativa prevê uma linha no total de R$ 30 milhões para a compensação de caráter emergencial.
“Esse conjunto de medidas, que a cidade tomou desde o primeiro momento, é para sinalizar que esse processo de reconstrução da nossa economia, como em todo o Brasil, será muito longo. Mas a prefeitura vai ser muito proativa e partilhadora da dor do comerciante e do empresário local que tem suas atividades hoje paralisadas pela necessidade da saúde pública, a fim de diminuirmos o contágio e a viralização da doença”, pontuou o prefeito.
Por: @prefeiturademarica
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