Polícia Federal faz operação na residência oficial do governador Wilson Witzel

Operação sobre compras superfaturadas para hospitais de campanha

Foto: Reprodução TV Globo

A Operação Placebo tem como foco levantar indícios de desvio de recursos destinados ao combate à pandemia do Covid-19 no estado do Rio de Janeiro.

Foram feitos 12 mandatos de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), nos estados de São Paulo e Rio.

Essa busca indica a existência de esquemas de corrupção envolvendo a organização social contratada para a instalação de hospitais de campanha e servidores da cúpula da gestão do sistema de saúde do estado do Rio.

Outras figuras, como o ex-subsecretário de Witzel Gabriell Neves e o labas (Laboratório de Atenção Básica e Avançada à Saúde) foram alvo dessa ação. Gabriell foi preso na Operação Favorito.

A PF também no Palácio Laranjeiras, residência oficial do governador, na antiga moradia de Witzel, no Grajaú, residência do Edmar Santso, ex-secretário de saúde, residência de Grabriell Neves e no escritório labas.

O governo do estado anunciou R$ 1 bilhão para o combate à Covid-19. A maior parte desse orçamento -- R$ 836 milhões - foi destinada para o Iabas em contratos emergenciais, sem licitação.

As obras de seis das sete unidades do governo do RJ estão quase um mês atrasadas — somente o do Maracanã está operando, e uma ala foi "inaugurada" na última seta-feira (22).

Por Eduarda Nery