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Pessoas que perderam o emprego na pandemia começam a morar na rua

  • Foto do escritor: Femme News
    Femme News
  • 3 de jul. de 2020
  • 2 min de leitura

A falta de dinheiro para pagar o aluguel afetou no aumento de pessoas em situação de rua no Rio


Por Raissa Martins

Foto: Alexandre Cassiano

Segundo levantamento do Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do estado, em todo o Rio de Janeiro estima-se que 60 mil pessoas estejam em situação de rua. Só na capital, são pelo menos 17 mil. Atualmente, nem a prefeitura e nem o estado disponibilizam estatística em relação à população de rua. O último censo oficial, feito na gestão do então prefeito Eduardo Paes (DEM), é de 2016 e informava que 14 mil pessoas moravam nas ruas da cidade.


Com a crise econômica atual, causada pelo Coronavírus, houve um maior aumento do desemprego, resultando em pessoas sem estabilidade para arcar com as dívidas e recursos essências, como a moradia.


"Pagava 400 reais de aluguel. Não tinha mais condições de pagar esse aluguel, vim parar na rua. Dependendo de comida que passa na rua, mendigando, pedindo as coisas que dão em porta de farmácia, de mercado", disse Anderson da Silva Andrade à Record TV RJ, morando na rua há 3 meses, após ter perdido a casa onde morava de aluguel.


Sem moradia fixa, José Carlos optou residir sob as marquises do Rio de Janeiro, enquanto não consegue algum vínculo empregatício, dormindo, até o momento, de calçada em calçada.


-Os bicos que eu fazia pagavam o meu aluguel. Sou de São Luís do Maranhão e estou no Rio há muitos anos, fazendo de tudo um pouco. Mas, por conta da pandemia, a situação agravou-se mil por cento- explica, com os olhos marejados. -A gente precisa ter a cabeça no lugar para não fazer o pior. Infelizmente, essa é a situação que estou vivendo há quase dois meses. Sempre trabalhei e hoje dependo da ajuda das pessoas para sobreviver-, disse ao Extra.


Para a defensora pública Carla Beatriz Maia, aumentou muito o número de pessoas em situação de rua nos últimos meses no Rio e em cidades como Angra dos Reis, Vassouras e Nova Friburgo. Muitas até a poucos meses tinham emprego e residência fixa.


Infelizmente, aumentou muito em todo o estado. E na pandemia piorou. Esse crescimento absurdo é reflexo de falta de política pública dos municípios — destacou.

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