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Foto do escritorBeatriz Costa

Pesquisa revela que sexismo ainda prevalece em Hollywood apesar do movimento #MeToo

Estudo também descobriu que menos da metade dos participantes acredita que Hollywood valoriza origens e pontos de vista diversos

Foto: TV Globo

Nesta última terça-feira (15), foi divulgada uma pesquisa do setor de entretenimento, a qual dois terços das mulheres relataram contínuos de assédio sexual. Isso tudo ocorre três anos depois que o movimento #MeToo agitou Hollywood, fazendo com que dezenas de homens poderosos perdessem seus empregos.


A pesquisa da Comissão de Hollywood também perguntou sobre racismo, e revelou que menos da metade dos que participaram acreditam que Hollywood valoriza origens e pontos de vista diversos.


Lançada em novembro de 2019, a pesquisa online foi considerada a maior de todos os tempos no setor e englobava trabalhadores de diversas áreas, como televisão e cinema, comerciais, teatro, música, transmissão de notícias, agências de talentos, relações públicas e ambientes corporativos.


As questões foram respondidas por quase 10 mil pessoas e cerca de 67% das mulheres relataram ter sofrido assédio de gênero durante os 12 meses anteriores, com 42% das mulheres relatando interesse sexual indesejado.


“O executivo-chefe da empresa me deu tarefas para flertar com outras pessoas poderosas do setor para tentar conseguir mais reuniões com meus chefes", disse à comissão uma pessoa que participou anonimamente quando trabalhava como assistente.


Presidida pela professora de direito Anita Hill, a comissão afirmou que Hollywood fez progressos no tratamento de "questões culturais e climáticas significativas de assédio e discriminação", mas é preciso fazer mais.


A comissão recomenda que incluam limitar a confidencialidade e os acordos de não divulgação, proibir o bullying, aumentar a orientação e realizar treinamento de observação que ajude os funcionários a neutralizar incidentes racistas ou sexistas.



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