Cerca de 272 mil candidatos são negras, porém, apenas 52 se autodeclaram negras e 215 mil pardas
Desde o último domingo (27), é permitido o início das campanhas eleitorais por todo o Brasil. Os candidatos foram autorizados a pedir votos e divulgar suas propostas de forma online e presencial.
O que surpreende nesta eleição é o fato de que, pela 1ª vez, os negros serão maioria em número de candidatos registrados na campanha pelo TSE, totalizando 49,9%. É primeira vez também desde 2014, quando começou o registro de raça pelo tribunal, que os candidatos brancos não constam como a maioria dos pedidos de candidatura registrados. Um total de 260,6 mil pessoas se autodeclararam brancos, cerca de 47,8% dos concorrentes.
De acordo informações do TSE, disponilizados ao portal de notícoas G1, aproximadamente, 215 mil candidatos são pardos, enquanto 57 mil são negros, somando um total de 272 mil candidatos considerados negros. Logo, o aumemto do número de concorrentes negros consta também pelo fato de que pardos e negros somados são classificados juntos como negros. O TSE tem estimativa de cerca de 645 mil candidatos para este ano.
O prazo de registro de candidatos foi encerrado Neste último sábado sábado (26), mas segundo o TSE as candidaturas feitas presencialmente ainda deve demorar alguns dias contabilizar no sistema. O prazo novo para registro para aqueles não registrados por seus partidos é até quinta (1º).
A propaganda eleitoral feita através do rádio e da TV só iniciarão no dia 9 de outubro e seguirá até dois dias antes do turno, dia 12 de novembro.
Há um aumento no número de concorrentes negros e mulheres na disputa às prefeituras e Câmaras Municipais tem influencia das cotas de gêneros e as cotas de distribuição da verba de campanha e propaganda eleitoral desde 2018. O TSE recomendou que mesários fazem treinamento para eleições por aplicativo "Cotas de gêneros".
Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo Tribunal Federal declara que já está valendo a divisão proporcional de recursos e propaganda eleitoral entre candidatos negros e brancos, fato este que resultou em disxussões partidarias e protestos. A representatividade negra e violência contra pessoas negras foram assuntos muito discutidos entre as pessoas e políticos de 2020.
De acordo com o IBGE, 56,2% dos brasileiros são negros e 42,7% brancos, ou seja, mesmo que haja um significativo aumemto no número de postulantes negros, ainda não representam uma mudança real, se comparado ao parámetro geral, onde os dados são observados por meio dos cargos disputados. E os brancos ainda são em maioria nas vagas para prefeito e vice-prefeito, sendo 63% dos candidatos a prefeito e 59% dos candidatos a vice. Apenas para vereador os negros disputam a maior parte das vagas, onde constam 47% de brancos.
Segundo o TSE, houve diversas mudanças de declarações de raça de 2016 a 2020, onde de acordo com informações do G1, 25 mil pessoas optaram pela mudança e aproximadamente 40% deixaram de se autodeclararam brancos e se consideram megros neste período.
Em 2016, 52,4% dos candidatos eram brancos e 47,8% eram negros. E em 2018, quando 52,4% dos postulantes eram brancos e 46,6% eram negros. Apesar da modificação nos números e estarem representando mais candidatos negros, eles não são a maioria.
De acordo com o I BGE de 2012 e 2018, a quantidade de brasileiros autodeclarados negros aumentou aproximadamente 5 milhões, e o de pardos superou os 7 milhões. Desta forma, em apenas 6 anos o Brasil encontrou-se com quase 12 milhões de pessoas comzideradas negras.
Flórida Andrew Janusz, professor-assistente do departamento de ciência política da Universidade da Flórida alega que oa brasileiros estão xriando uma crescente consciencia da própria cor. Relara também da diversirade de causas que os brasielrios possam estar se autodeclarmando mais como negros e diz que um desses pode ser a sua utilidade politica. E ainda defende a educação como a principal ponto dos brasileiros para a sua representatividade etnia racial.
Fernanda Lira Goes, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirma sobre a crsscente idemtificação dos brasileiros como negros:
“O que aconteceu não é diminuição de pessoas brancas no Brasil, é o aumento de pessoas se declarando pardas e pretas. É o aumento de identificação, informação, o aumento de consciência”
Cristiano Rodrigues, professor de Ciência Política da UFMG afirma que essa maior representatividade negra na política se dá por vários movimentos, dentre eles se encontra o "efeito Marielle". E ainda relata mais sobre nas seguintes falas:
"Neste ano, especialmente, também temos visto a questão racial ganhar espaço na mídia e no debate público tanto no Brasil quanto fora. Há uma reação ao governo federal, que tem adotado posturas que podem ser consideradas racistas ou que levam os negros a não se sentirem representados";
“Os cursos de formação política têm atraído maior diversidade de pessoas e podem contribuir para que mais negros entrem na política".
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