A obra feita em 2019 tem ganhado visibilidade em redes sociais e gera questões sobre a violência
A obra que vem chamando atenção nas redes sociais aqui no Brasil é um protesto artístico que foi inaugurado em 2019 em uma rua de Istambul. Os sapatos pendurados representam as 440 mulheres que foram vítimas de feminicídio em 2018 na Turquia.
Segundo o site Bored Panda, o artista Vahit Tuna disse que sua inspiração foi o crescimento da discussão sobre a violência contra a mulher nas redes sociais. Entretanto, por mais visibilidade que a obra tenha ganhado o assunto ainda é motivo de grande preocupação já que esses números ainda são altos. Em 2019, no ano da inauguração da obra a Turquia registrou 474 mortes de mulheres que foram assassinadas, em sua maioria por parceiros e parentes.
Trazendo a questão para solo brasileiro, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) diz que o Brasil ocupa a 5ª posição em um ranking mundial de feminicídio.
De acordo com dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, neste período de pandemia o número de casos de feminicídio chegaram a 648 apenas no primeiro semestre, 1,9% a mais que em 2019.
O feminicídio é uma questão mundial e é preocupante que mesmo com tantas discussões sobre este assunto o problema ainda não possa ser sanado. Nas redes sociais é possível encontrar inúmeros relatos que felizmente não acabaram entrando para a estatística desse crime, entretanto reforçam que mulheres ainda são vulneráveis a esse tipo de situação, principalmente aquelas que neste momento de pandemia se veem presas a seus agressores.
DENUNCIE
Se você sofre ou presencia a violência contra alguma mulher, não fique calado(a) denuncie.
Ligue 190 - em caso de emergência, a mulher ou quem presencia a situação de violência pode ligar para este número. Uma viatura da PM será enviada ao local. Disponível 24h por dia, todos os dias. Ligação gratuita.
Ligue 180 - é um canal da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, presta uma escuta e acolhida às mulheres em situação de violência. Disponível 24h por dias, todos os dias. Ligação gratuita.
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