Dentro todos os segmentos que a pandemia afetou, o sistema adotivo está entre eles
O processo de adoção é sempre demorado, tendo tempo mínimo de, pelo menos, seis meses. Com a pandemia causada pelo novo coronavírus, esse processo se prolongou ainda mais e se tornou mais cansativo e burocrático, e com isso houve grandes quedas na busca por adoção neste ano.
O site CNN, no programa E tem mais, produziu um podcast com informações e dados, vindos do Sistema Nacional de Adoção, que revelam a mudança causada nesse procedimento pelo covid-19, revelando que o declínio deste ano em comparação com o ano passado, no número de crianças adotadas, foi de 41% em todo país e 35% no estado de São Paulo.
A demora para realizar o processo adotivo se dá muito pelo perfil que é exigido das crianças, quanto mais os futuros pais especificam suas preferências, mais demorado será, isso pensando em raça, gênero, idade, etc. Quando já encontrada a criança “ideal”, vem as seções de aproximação, entre adultos e criança, adaptação, quando os dois vivem juntos por um tempo e só após aprovado esses segmentos, é realizada a adoção.
Com a pandemia, esse procedimento se tornou ainda mais lento por conta da falta de realização por meios digitais, pois não são todos os estados que disponibilizam esse meio remoto para efetuarem as seções. Além disso, muitos psicólogos e assistentes sociais acreditam ser de extrema importância o contato presencial com os envolvidos, para avaliaram melhor o comportamento de ambos, pais e crianças.
Algumas famílias ainda tiveram o êxito de conseguir passar a quarentena com suas crianças, na fase de adaptação, mas não foi o suficiente para suprir a queda. Em 2019, o número de processos de adoções concluídos foi de 1.974, já em 2020 caiu para 1.160 e no estado de São Paulo, no mês de maio, segundo dados do Tribunal de Justiça (TJSP), foi de 229 procedimentos concluídos, para 87 de um ano para o outro.
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