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Novos smartphones Android do Google terão capacidade de detectar terremotos a partir de sensores

Aparelhos poderão detectar os abalos sísmicos, e poderão avisar aos seus bilhões de usuários sobre possíveis tremores


Por Ana Modesto

Nesta última terça-feira(11), a empresa de tecnologia da informação Google anuncia o que, segundo a mesma, será a criação da “maior rede de detecção de terremotos do mundo”. Essa grande rede de detecção será a partir de smartphones, da propriedade da Alphabet, que terão capacidade de detectar abalos sísmicos alguns segundos antes deles ocorrerem.


E como isso acontecerá?


Qualquer celular que for Android 5.0 ou posterior poderá participar e ajudar com a detecção das ondas sísmicas do programa "Android Earthquake Alerts System". Mais de 2,5 bilhões de smartphones e tablets já rodam com sistema operacional do Google e estarão aptos para colaborar com o programa, que não necessita de download de aplicativo. Após ativado, o usuário poderá desativá-lo quando quiser.


A proposta é usar o acelerômetro de cada celular que é capaz de identificar os movimentos do aparelho como um pequeno sismômetro. Esse processo irá baratear o atual sistema de sismômetro que costuma ser caro e de difícil instalação, e diminuirá a constante busca com melhores sistemas de sismômetro, já que agora, os próprios smartphones poderão substituí-los. Desta forma, será possível avisar seus bilhares de usuários sobre quando e aproximadamente onde serão os futuros terremotos (já que o alerta identifica os terremotos próximos ao usuário). Diante disso, os mesmos poderão se abrigar em lugares seguros e se protegerem.


O que limita a ideia é o fato de que mesmo que os usuários próximos ao tremor produzam dados sobre o evento, eles dificilmente receberão o alerta a tempo de se defenderem, já que não possível prever com muita antecedência, o que só é possível, por enquanto, por alguns segundos.


De acordo com o engenheiro de software principal Marc Stogaitis, o programa surgiu há 4 anos quando a empresa realizou testes de verificação de acelerômetros de telefones que poderiam detectar acidentes de carro, terremotos e tornados.


Os avisos serão apenas para terremotos de magnitude 4,5 ou superior e os dados obtidos em cada smartphone serão comparados com os demais celulares da área, e assim o suposto terremoto terá sua validade ou não. A ferramenta do Google será capaz ainda de identificar o epicentro do tremor e determinar a sua intensidade.


Porém, nesse início seu lançamento terá poder apenas no estado da Califórnia, já no ano que vem. Algo que deixa o diretor do laboratório sismológico da Universidade da Califórnia em Berkeley, Richard Allen otimista, quando fala estarem no caminho certo para o envio de alertas de terremotos onde quer que haja smartphones.


Se tudo acontecer como o planejado, a nova ferramenta da Google de detecção de terremotos se expandirá para outros estados americanos e outros países além dos Estados Unidos, como a Indonésia e países em desenvolvimento com poucos recursos de detecção tradicionais.


Sobre a opinião de especialistas em sismologia, eles concordam com a empresa e dizem que a transformação dos smartphones será um grande marco mesmo que possuam muitos alertas errôneos e que ainda dependem totalmente de algoritmos de recursos privados para a segurança pública. A empresa também pretende ofertar alertas gratuitos para empresas que almejam desligar elevadores, linhas de gás ou outros sistemas para que eles desliguem automaticamente antes dos tremores.


Na atualidade, o restante do mundo ainda não tem como utilizar a nova ferramenta, porém é possível a verificação dos supostos terremotos em todo o globo a partir da busca por "terremoto” ou “terramoto perto de mim” na pesquisa do Google, pois , desta maneira, o usuário conseguirá informações das variações sísmicas de seu país/estado. E assim, a plataforma utiliza os dados coletados para um compartilhamento mais verídico e rápido dos alertas de possíveis terremotos em sua região, quando você for pesquisar.


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