A médica disse que não se envolveu na tentativa de alterar a bula da Cloroquina
Por Jênnifer Rodrigues
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, a médica oncologista e imunologista Nise Yamagushi , negou envolvimento na tentativa de alterar a bula da Cloroquina para que o uso do medicamento fosse recomendado para o tratamento do coronavírus.
Questionada se foi ela quem elaborou o documento, a imunologista respondeu que não "De forma alguma, não. Eu devo dizer para o senhor o seguinte: eu não fiz nenhuma minuta, inclusive, não conhecia esse papel", declarou. Porém, ela confirmou a reunião com Barra Torres e o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e disse que, ao final do encontro, foi chamada para falar sobre a mudança da bula "Essa minuta não falava de bula, falava da possibilidade de haver uma disponibilização de medicamentos", explicou a médica.
Segundo Nise Yamagushi, atualmente, sua participação no ministério da saúde se dá de forma “técnica" e específica, apenas quando convidada.
Em relação às consequências do atraso na compra de vacinas contra a covid-19, ela avaliou que é o "atraso que existe no início do tratamento" que tem "determinado tantos mortos". "Não só isso, mas neste momento temos também problema de diagnóstico", afirmou.
O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), mostrou um vídeo em que a médica falava que não era necessário que as pessoas tomassem vacina "aleatoriamente”. A médica também comparou os imunizantes ao tratamento precoce contra a covid-19 em relação ao seu grau de importância.
Em resposta Yamagushi disse que, “vacinas aleatórias e indiscriminadas têm que ser revistas. O Ministério da Saúde seguiu regras para vacinar. Não saíram vacinando todo mundo ao mesmo tempo”.
Comentarios