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NASA deixará de utilizar apelidos ofensivos de planetas, galáxias e nebulosas

Decisão histórica mudará nomes de objetos cósmicos que podem ofender a diversos coletivos


Por Beatriz Catão


Foto: NASA/Wikipedia

A National Aeronautics and Space Administration (NASA) publicou um comunicado na quarta-feira passada (5) anunciando à sociedade científica que deixará de utilizar os apelidos de diversos objetos cósmicos que consideram racistas, prejudiciais e insensíveis. Sendo assim, passarão a se referir a eles com seu nome técnico.


Muitas companhias e organizações mudaram a forma de nomear produtos e objetos com a intenção de se adaptar aos novos tempos. Desta maneira, a agência espacial garantiu que revisará todas as terminologias não oficiais de galáxias, planetas e nebulosas que podem ser ofensivas para certos coletivos, pois isso faz parte do seu compromisso com a “diversidade, a equidade e a inclusão”.


Portanto, de agora em diante, a NASA só utilizará as denominações oficiais da União Astronômica Internacional nos casos em que considerarem inapropriados os apelidos não oficiais.


Seguindo as novas regras, a NASA apontou que a “nebulosa do esquimó”, os restos brilhantes de uma estrela similar ao Sol que foi descoberta em 1787 por William Hershel, apenas se denominará como NGC 2392. Isso porque “’Esquimó’ é amplamente visto como um termo colonial com uma história racista, imposto aos povos indígenas das regiões árticas. A maioria dos documentos oficiais deixou de ser usados”, justificou a agência.


O fenômeno conhecido como “galáxia dos gêmeos siameses”, um par de galáxias espirais encontradas no aglomerado de galáxias de Virgem, também passará a ser chamado pelo nome técnico NGC 4567 e NGC 4568.


“Apoio nossa contínua reavaliação dos nomes pelos quais nos referimos a objetos astronômicos. Nosso objetivo é que todos os nomes estejam alinhados com nossos valores de diversidade e inclusão, e trabalharemos proativamente com a comunidade científica para ajudar a garantir isso. A ciência é para todos, e cada faceta do nosso trabalho precisa refletir esse valor”, disse Thomas Zurbuchen, administrador associado da Diretoria de Missão Científica da NASA na sede, Washington.


A NASA continuava recorrendo a esses apelidos não oficiais pois eram mais acessíveis ao público no geral do que os nomes técnicos. "Esses apelidos e termos podem ter conotações históricas ou culturais que são questionáveis ​​ou indesejáveis, e a NASA está fortemente comprometida em abordá-los. A ciência depende de diversas contribuições e beneficia a todos, então isso significa que devemos torná-la inclusiva”, disse Stephen T. Shih, Administrador Associado para Diversidade e Igualdade de Oportunidades na Sede da NASA.


Sendo assim, para não ser insensível de algum modo com coletivos, etnias ou comunidades, a agência espacial trabalhará junto com especialistas em diversidade, inclusão e equidade em ciências astronômicas e físicas. Eles orientarão sobre apelidos e diversos nomes que podem ser modificados.


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