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Jenyffer Vidal

México acusa Zara por apropriação cultural

Ministério da Cultura enviou uma carta solicitando esclarecimento às empresas que supostamente teriam cometido plágio


Por Jenyffer Vidal


Foto: Reprodução

O Ministério da Cultura do México enviou uma carta solicitando esclarecimento em relação a um vestido de sua última coleção no estilo de huipiles bordado à mão por artesãos indígenas mexicanos. Em carta o Ministério da Cultura pede explicações, “os fundamentos da privatização de uma propriedade coletiva”, cuja origem “é identificada em várias comunidades de Oaxaca”, bem como “os benefícios que serão recompensados ​​às comunidades criativas”.


O México enviou cartas semelhantes às americanas Anthropologie e Patowl, e identificou suposto plágio. A alegação de ter copiado os conceitos de povos indígenas do país se refere aos padrões da cultura mixteca no município de San Juan Colorado, no oeste do estado de Oaxaca, local com forte tradição artesanal indígena.


O Ministério da Cultura cita um vestido midi azul bordado da Zara, dizendo que a marca espanhola usou símbolos ancestrais e o formato de vestidos "huipil".



Foto: Reprodução/ Zara

Um shorts bordado da Anthropologie também foi acusado por suposto exemplo de apropriação cultural. De acordo com o governo mexicano a peça custa quase US$ 70 (R$ 361), usa símbolos que lembram os usados pela comunidade Mixe, em Santa Maria Tlahuitoltepec.



Foto: Reprodução/ Anthropologie

Já as camisas floridas casuais da Patowl, lembram as técnicas de bordado da comunidade Zapotec de San Antonino Castillo Velasco. O Governo alegou que o bordado floral é uma imitação da técnica chamada de "hazme si pudes" ("faça-me se puder").



Foto: Reprodução/ Patowl

O Ministério da Cultura afirmou que age para prevenir o plágio por empresas nacionais e transnacionais e proteger os direitos indígenas.


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