Os EUA e o Brasil são os países que possuem mais vítimas da doença
O mundo alcançou, na noite desta segunda-feira (28), a marca de 1 milhão de óbitos por Covid-19. Os EUA ultrapassou o número de 200 mil mortos e o Brasil tem cerca de 142 mil, sendo os países que possuem mais óbitos por complicações da doença.
Além do mundo chegar a 1 milhão de mortes pela doença, a velocidade de contágio também é alarmante: o mundo inteiro demorou seis meses para registrar 500 mil mortes, mas apenas três meses para registrar as outras 500 mil. Além disso, as últimas 100 mil vítimas foram registradas em apenas 12 dias.
Os cinco países que registram mais mortes por Covid-19 são, respectivamente: Estados Unidos (205 mil), Brasil (142 mil), Índia (96 mil), México (76 mil) e Reino Unido (42 mil).
Provável segunda onda da pandemia na Europa
Os países europeus, como a França, Dinamarca, Grécia, Espanha e Reino Unido, voltaram a decretar medidas de segurança contra a Covid-19, como o distanciamento social e restrições de deslocamento. As medidas tem como objetivo frear uma nova ascensão da pandemia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, no dia 17 de setembro, que a pandemia do novo coronavírus teve uma aceleração na Europa neste mês. No dia 11 de setembro, a Europa atingiu um recorde diário de 54 mil casos confirmados.
De acordo com Has Kluge, o diretor da OMS Europa, a propagação de Covid-19 está mais acelerada neste mês do que quando a pandemia teve início. "Os números de setembro deveriam servir de alerta para todos nós na Europa, onde o número de casos é superior aos registrados em março e abril", afirmou Kluge.
O país com o maior número de casos e mortes
Os Estados Unidos alcançaram, nesta sexta-feira (25), a marca de 7 milhões de infectados por Covid-19. O país continua sendo a nação com mais casos confirmados e mortes pela doença que já infectou mais de 33 milhões e matou mais de 1 milhão de pessoas em todo o mundo. Na última terça (22), os EUA também atingiram a marca de 200 mil mortos pelo novo coronavírus.
O país apontou, na última semana, uma média de 41.336 infectados e 782 óbitos pelo novo coronavírus. No auge da pandemia, os EUA chegaram a registrar 78 mil novos casos e 2.700 mortes diárias, representando uma queda nos números. No entanto, a situação ainda é alarmante, visto que o número de novos casos voltou a aumentar nestes últimos dias em comparação com as últimas semanas.
Vacina contra a Covid-19 no Brasil
João Doria (PSDB), o governador do estado de São Paulo, declarou, no dia 20 deste mês, que o estado receberá 5 milhões de doses de uma vacina contra o novo coronavírus no mês de outubro deste ano. As doses da vacina Coronavac estão sendo produzidas pela Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan. Doria também informou que São Paulo terá 46 milhões de doses da Coronavac até o fim de 2020.
Jean Gorinchteyn, o secretário de Saúde de São Paulo, afirmou que mais doses, além das que o governador mencionou, estão previstas para chegar nos primeiros meses de 2021: "Nós teremos até o primeiro trimestre mais 15 milhões, compondo 61 milhões e até maio nós teremos um total de 100 milhões de doses. E, dessa maneira, nós iniciaremos em dezembro, ou no mais tardar, em janeiro a vacinação", afirmou em entrevista à CNN Brasil no domingo (20).
O secretário de Saúde também disse que as doses não serão restritas apenas para São Paulo: "Isso vai ser voltado dentro do Sistema Único de Saúde para todos os brasileiros. É por isso que estamos tendo o apoio do Ministério da Saúde para que possamos vacinar cada vez mais os brasileiros", declarou.
A Coronavac (PiCoVacc), desenvolvida pelo Sinovac, está sendo testada no Brasil em parceria com o Instituto Butantan. De modo simplificado, a Coronavac usa o vírus Sars-Cov-2 (o novo coronavírus) morto ou quase morto e insere a memória celular, a qual é responsável por desenvolver a imunidade no ser humano. Quando a pessoa for infectada pela Covid-19, o corpo produzirá resposta imune contra a doença.
Entenda as três fases de produção de uma vacina
• Fase 1: avaliação da vacina recém-produzida com poucos voluntários adultos, para testar a segurança;
• Fase 2: testes em centenas de pessoas, para testar a segurança e eficácia;
• Fase 3: testes em milhares de pessoas, com o objetivo de avaliar a segurança e eficácia em cada grupo populacional (crianças, idosos, etc.). Após esse procedimento, as agências avaliativas precisam aprovar a vacina, liberar a produção e a distribuição para a sociedade.
De acordo com o último levantamento divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no dia 9 de setembro,180 vacinas estão sendo produzidas atualmente no mundo inteiro, 35 delas em fases de testes e, dessas 35, 9 estão na última fase.
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