Mulheres perdem o emprego devido a pandemia

Responsáveis pelo sustento da família, elas lutam para sobreviver

Por Andrea dos Santos

Segundo o levantamento da consultoria IDados, realizado com base nos números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que o número de mulheres que são responsáveis financeiramente pelos domicílios vem crescendo a cada ano e já chega a 34,4 milhões. As mulheres são as mais atingidas diante da crise econômica intensificada pela pandemia do novo coronavírus.

Elas hoje ocupam cargos em que a mão de obra é mais barata e com menor necessidade de instrução, assim, estão sendo as primeiras e as mais afetadas pela crise econômica causada pela Covid-19. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc), 7 milhões de mulheres perderam seus empregos na última quinzena de março, período de início da quarentena.

Segundo o IBGE, a desigualdade entre mulheres e homens considerando o rendimento médio de todos os trabalhos foi maior (74,0%) do que quando se observou o rendimento total (67,7%). O efeito combinado das disparidades de sexo e cor ou raça no mercado de trabalho, mensurado por meio da razão entre o rendimento médio das mulheres pretas ou pardas e o rendimento médio dos homens brancos, foi de 41,0%. Na região Sudeste, a dupla desigualdade é ainda maior (38,0%).