Vice-presidente participou de uma videoconferência com representantes que abrigam a floresta amazônica.
Por Jessica Mesquita
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou nesta terça-Feira (11) que o setor privado, não mais o estado, será o “protagonista do desenvolvimento sustentável” da Amazônia.
Mourão, que também coordena o Conselho da Amazônia, participou de uma videoconferência com representantes de países que abrigam a floresta amazônica, como Colômbia, Peru e Bolívia.
Em seu discurso, lido em espanhol, Mourão falou sobre a importância do desenvolvimento sustentável para preservar a região e citou, a bioeconomia como forma de desenvolver e preservar a floresta. O vice também falou que o setor privado deveria guiar esse processo que exige criatividade e inovação, características próprias do espírito empreendedor do setor privado.
O vice afirmou ainda que o governo trabalhará ao lado de empresas e da sociedade civil para que a bioeconomia seja a "nova fronteira da expansão da atividade humana na selva amazônica". E defendeu que, além de combater crimes ambientais, é preciso desenvolver a região.
"Para que tudo isso funcione, é necessário que se coloque dinheiro. Então, o financiamento por parte de bancos privados e bancos de desenvolvimento é fundamental", argumentou, citando projetos como a utilização de pequenos portos ao longo dos rios da região para escoar produtos.
Mourão citou os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que indicam alta no desmatamento desde 2012, com um salto no último ano, o primeiro da gestão do presidente Jair Bolsonaro. Além disso, reconheceu que o Brasil é cobrado pela preservação da floresta.
"Além da perda de patrimônio natural nos incêndios florestais de 2019, enfrentamos uma intensa reação internacional contra nosso governo. Isso nos confirmou que a preservação da Amazônia ocupa um lugar especial no imaginário ambiental do mundo moderno", reconheceu Mourão.
Mourão voltou a dizer que há "uma grande desinformação a respeito da realidade social e econômica da região" e a criticar a postura “de alguns que se aproveitaram da crise para avançar em interesses protecionistas e renovar atitudes colonialistas".
Dados preliminares do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apontaram que o desmatamento na floresta amazônica subiu 34,5% no acumulado em 12 meses na comparação anual, apesar da queda em julho se comparado com julho de 2019, enquanto o número de focos de incêndios aumentou 28% no mês em relação a um ano atrás.
Fonte: G1
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