Prefeitura afirma que 67 linhas retornaram ao serviço, mas algumas em intervalo irregular
Por Clara Maria Lino
O MetroRio, empresa que administra o serviço metroviário na capital fluminense, informou nesta sexta-feira (21) que poderá reduzir este serviço a partir de setembro deste ano.
Devido à pandemia do novo Coronavírus que já matou mais de 112 mil brasileiros, a empresa deixou de receber 80 milhões de passageiros com prejuízo mensal de R$35 milhões.
De acordo com o Portal G1, especula-se que estações fiquem fechadas ou com alteração de horários e dias de funcionamento, caso não haja apoio do governo.
Além do Metrô, o serviço das barcas no estado também sofre problemas devido à Covid-19. A CCR Barcas, concessionária responsável pelo serviço de transporte aquático de alta capacidade, afirmou recentemente que pode entrar em colapso.
A concessionária relata que durante este período o número de passageiros caiu de 75 mil para 11 mil por dia. No caso específico da linha Cocotá, que liga o Centro a Ilha do Governador, as barcas transportam apenas 200 pessoas por dia.
De acordo com a prefeitura, 67 linhas de ônibus voltaram a funcionar na cidade. Mas passageiros reclamam que em algumas das rotas há superlotação, intervalos irregulares e estações fechadas no percurso do BRT. Ou seja, o trabalhador que precisa usar o coletivo espera mais, anda mais e se arrisca durante a pandemia.
É o caso de Ana Clara Lopes, a estudante de jornalismo relata a dificuldade de andar pela cidade dependendo das linhas de ônibus.
"Para mim, sempre foi difícil pegar ônibus. As linhas que eu pego sempre demoraram mais do que o normal, mas, com a pandemia, a espera tem sido em média 30 minutos maior e o coletivo sempre vem lotado, até mesmo pela maior demora", relatou a moradora da Zona Norte.
Já o analista de TI, Wellington Chagas relata que no bairro dele o serviço sempre foi precário.
"Na região onde eu moro, em Santa Cruz, haviam três linhas de ônibus. Hoje em dia só existe uma linha com apenas quatro modais em péssimo estado de conservação. Quem não tem carro depende dos serviços de kombi e moto táxi que também são precários", disse o morador da Zona Oeste do Rio.
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