Um ano depois do primeiro caso de COVID-19 no Brasil, país passou por quatro mudanças na pasta
Há um ano a Organização Mundial da Saúde anunciava a pandemia ocasionada pelo COVID-19. Tempos depois, o Brasil atingiu a marca de mais de 2 mil mortes diárias pela doença. Somente os Estados Unidos são o país que mais vezes ultrapassou 2 mil casos notificados.
Na noite de segunda-feira, (15), ocorreu a nomeação de Marcelo Queiroga para ocupar o cargo que antes tinha Eduardo Pazuello no comando. Com isso, o Brasil chega a marca de quatro ministros da saúde durante a pandemia. O feito se deve por algumas polêmicas envolvendo os ministros antecessores.
Entenda:
Nelson Mandetta
O médico ortopedista foi o primeiro a ocupar o cargo de ministro da saúde no governo Bolsonaro. Mandetta defendia as medidas de isolamento social e as regras da OMS (Organização Mundial da Saúde). Um dos motivos de seu mandato ter chegado ao fim foi a respeito do uso da cloroquina. O presidente Bolsonaro defende o uso do medicamento que até então não possui eficácia comprovada, enquanto Mandetta divergia sobre esse uso.
Nelson Teich
O médico oncologista permaneceu no cargo por pouco menos de um mês. Ele chegou a propor lockdown (confinamento total) para as cidades com maior taxa de transmissão do coronavírus. Algumas divergências de contato com o presidente, como um decreto assinado pelo governo federal que liberava salões de beleza e academias para atividades essenciais. Teich estava isolado e não sabia do documento.
Eduardo Pazuello
O General da ativa do exército ocupou o cargo interinamente até se tornar ministro efetivo. Pazuello foi duramente criticado por sua atuação frente à demora nas negociações de vacinas para tratar a COVID-19. O ministro deixou o cargo após pressão de parlamentares do centrão, apurou o UOL.
Marcelo Queiroga
O atual ministro Marcelo Queiroga é especialista em cardiologia e atual presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Queiroga defende o isolamento social como forma de combate à pandemia. Ele também já se posicionou contrário ao "tratamento precoce" defendido por Bolsonaro à base de cloroquina.
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