Lockdown na Baixada Santista: Bertioga é a cidade com maior índice de isolamento
- Marina Marques
- 30 de mar. de 2021
- 2 min de leitura
Após uma semana, apenas uma, das nove cidades da região, ultrapassou os 50% no isolamento social

Apesar de toda a campanha feita pelos responsáveis das nove cidades da Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS), a maioria dos municípios está com taxa menor que 50% no isolamento social, apenas Bertioga ultrapassa a taxa, com 56%. Os números também são resultados da descida de turistas para a região, mesmo com o apelo feito pelas autoridades,e com barreiras nas entradas das cidades, muitos ainda desrespeitam os pedidos e buscam “aproveitar” os feriados estabelecidos para conter o avanço do coronavírus.
O lockdown na região da Baixada Santista teve início no dia 23 de março, pedindo para que as pessoas evitem sair às ruas e abrir comércios não essenciais pelos próximos 13 dias, devido ao colapso que o sistema de saúde têm enfrentado. Porém, devido ao não cumprimento das restrições estabelecidas, o Governo do Estado de São Paulo, estabeleceu mais alguns dias para o isolamento social, que antes terminaria no dia 4 de abril, e agora irá até o dia 11 do mesmo mês.
As noves cidades se encontram com as seguintes taxas de isolamento:
Bertioga - 56%
Guarujá - 45%
Santos - 42%
Cubatão - 45%
São Vicente - 46%
Praia Grande - 47%
Mongaguá - 46%
Itanhém - 49%
Peruíbe - 49%
A região já ultrapassa a marca de 112 mil casos de infectados pelo vírus, foram mais de 700 novos casos e 33 óbitos nas últimas 24h. A média de ocupação das UTIs na região se encontra em 85%.
Comerciantes
Muitos comerciantes precisam se reinventar, principalmente devido ao lockdown estabelecido na última semana. Rafael Facincani Machado é sócio em dois restaurantes, e vive as dificuldades acarretadas pelas medidas restritivas, onde um dos estabelecimentos já chegou a produzir dez mil quilos de alimento por mês, devido ao seu tamanho. Porém, com a pandemia, hoje atua com metade dos funcionários, buscando alternativas como a venda de vouchers com bons descontos para manter as contas positivas.
“O maior sentimento que tenho durante o lockdown é a impotência diante disso tudo, de não poder ser útil e poder fazer o que sempre fiz, lutar, trabalhar, produzir para minhas empresas”, lamenta o sócio, que busca dar seu máximo para manter seus funcionários e os comércios abertos.
Rafael afirma que o movimento por meio de delivers segue igual desde o começo da pandemia graças ao modo de gerenciamento e funcionamento do local graças a força voltada especialmente ao modo de entrega, “outros (estabelecimentos) operam no negativo, gerando dívidas aos proprietários, coisa que pode ser melhorada, mas o formato do restaurante limita as possibilidades”, deixa claro Rafael.
Apesar de concordar com medidas de distanciamento, restrições e higiene, Rafael acredita que o lockdown, além de não gerar tantos resultados, acaba tendo efeitos negativos na economia, principalmente pela forma que é colocado em prática. “Não consigo concordar com algo tão mal feito, ineficiente e danoso para sociedade”, finaliza.
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