Lives nas redes sociais durante a quarentena

A equipe do Femme News conversou com uma psicóloga para saber o quanto esse conteúdo afeta o público

No Brasil o Instagram tem cerca de 64 milhões de usuários, e com o isolamento social se tornou o principal meio para fazer lives. Artistas como Ivete Sangalo, Di Ferrero, Fátima Bernardes, entre outros, tem usado essa rede social para ter contato com o público. É notável que o número de lives teve um aumento assim como o número de expectadores, um exemplo foi a live da dupla Jorge e Matheus, que bateu 1,5 milhão de visualizadores, no dia 04/04.

Lives e conteúdos culturais podem aumentar nosso interesse por alguns assuntos, servir como distração e trazer conhecimento, dependendo do conteúdo. A psicóloga Ingrid Lacerda, para o Femme News, disse que “O acesso as lives e a cultura popular possibilitam que o indivíduo se realize como pessoa, expandindo suas potencialidades, desenvolvendo seu modo de ser e participar da comunidade como um todo”.

Contudo a psicóloga também alerta para o conteúdo em excesso, “A todo momento estamos recebendo muitas informações e dependendo da pessoa que recebe essas informações pode desencadear um transtorno de ansiedade, sentimentos de angústia e incertezas.” Nessa situação existem outras atividades que podem ser feitas para diminuir o tempo conectado, Ingrid sugere “Criar uma rotina com seus deveres como estudos, casa, trabalho e realizar atividades que te deem prazer, como ler, cozinhar, dançar.... É importante também cuidar do corpo, fazendo exercícios físicos e mantendo uma alimentação saudável para que seu corpo libere hormônios de bem-estar”.

As transmissões ao vivo no Instagram são exclusivas para smartphones, mas com uma extensão do Google Chrome, internautas podem assistir através do computador, baixando o IG Stories for Instagram.

Finalizando nossa entrevista Ingrid Lacerda deixa como recado que “ É importante lembrar que você não está sozinho ao sentir angústia, tristeza, insônia ou excesso de apetite, essas reações são devido a essa situação "anormal" que estamos passando. Tentar manter a tranquilidade e internalizar que é um período delicado em que devemos fazer nossa parte e confiar nos profissionais de saúde e autoridades”.

Por @anaclarallopes_ e @nayrafreitasc