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Jovens denunciam alunos por fraude de cotas raciais

O assunto foi um dos destaques durante a semana nas redes sociais. A Universidade Estadual do Rio de Janeiro chamou atenção pela recorrência de casos


Por Luana Silva

Foto: Divulgação

Na última quarta-feira (03), se iniciou um movimento entre os usuários na rede social Twitter, chamado por eles de “exposed”, para denunciar alunos brancos que ingressaram em universidades públicas por cotas raciais. Diversas universidades do país foram citadas, mas entre as universidades cariocas, fraudes na Estadual do Rio de Janeiro aparecem com frequência. Medicina é o curso mais fraudado em todas as universidades.

UERJ foi a primeira universidade do Brasil a criar um sistema de cotas para pretos ou pardos em 2001, anos depois para indígenas. Apesar de ser pioneira da inclusão social, seu sistema de fiscalização é impotente, somente no ano de 2019 a instituição recebeu e analisou 260 denuncias de fraudes nas autodeclarações raciais, alguns desses também foram direcionados ao Ministério Público Federal.

No entanto, mesmo com recorrências de casos parece que a universidade não consegue tomar medidas eficazes, já que foram grandes os números de denuncias realizadas atualmente. Quando se é questionado aos alunos brancos sobre terem burlado o sistema, muitos respondem que se autodeclaram pardos por terem familiares afrodescendentes, entretanto, o racismo no Brasil se dar pelo fenótipo, por você ser percebido preto, não está ligado ao seu antepassado, diferentemente dos Estados Unidos.


O curso de Medicina, que é muitas das vezes de homologia branca, é o curso mais burlado. Alunos brancos, loiros e de olhos azuis, que aparentam nas redes sociais pertencerem à classe média alta, ostentam o “título” de estudante de medicina, fazendo todos acreditarem em seu mérito próprio, quando na realidade rouba a vaga de um estudante preto, pardo ou indígena. Com isso, o objetivo de inclusão não apresenta resultados.

Em nota oficial na noite de quinta-feira(04) a Universidade Estadual do Rio de janeiro informou que vem combatendo fraudes no sistema de cotas por meio de sua Comissão Permanente de Assistência, instituída pelo AEDA nº 27/19, em cumprimento à Lei Estadual nº 8.121/18 e que irá apurar as denuncias feitas na rede social Twitter.

Disse também que apenas dez dias antes da suspensão das atividades presenciais por causa da pandemia de corona vírus, a Universidade criou a Pró-reitora de Políticas e Assistência Estudantis, que tem, entre suas atribuições, a missão de instituir uma comissão de heteroidentificação na Uerj. Por fim, garantiu que o próximo vestibular contará com o exame de heteroidentificação, juntamente com a autodeclaração.

Referências: O Globo, Veja, UERJ, G1

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