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  • Foto do escritorMillena Galdino

Jornal de Hong Kong encerrará suas atividades após funcionários serem presos

Atualizado: 2 de jul. de 2021

O Apple Daily anunciou seu fechamento para preservar segurança de seus trabalhadores

Foto: Anthony Wallace/AFP

Nesta quarta-feira (23), um veículo de notícias na cidade de Hong Kong, na China, chamado Apple Daily anunciou que encerrará suas atividades depois de 26 anos de funcionamento. Em nota, o jornal afirmou que sua última edição será veiculada hoje, quinta-feira (24), e que o site não será mais atualizado.


O tabloide, pró-democracia, apontou que a decisão por encerrar as atividades se deu “com base na segurança dos funcionários e considerações de mão de obra”, uma vez que na última quinta-feira (17), cinco funcionários do Apple Daily foram presos pela polícia local e outros três jornalistas foram detidos, além do editor-chefe e do executivo-chefe.


Em junho de 2020, a cidade-estado aprovou a nova lei de segurança nacional, que prevê às autoridades chinesas a autorização a combater o que enquadram como atividade “subversiva e secessionista”. Em agosto do mesmo ano, a polícia também entrou na sede do jornal para executar mandados de busca e apreensão e o Jimmy Lai, magnata da mídia, foi preso na ocasião.


Em outras duas ocasiões em que foi alvo de operações policiais, o jornal aumentou sua tiragem para 500 mil exemplares e as pessoas fizeram filas nas bancas para comprar as edições em protesto contra a repressão. Segundo a imprensa local, o veículo planeja imprimir um milhão de cópias de sua última edição física.


Para a diretora regional para Ásia e Pacífico da Anistia Internacional, Yamini Mishra, o fechamento forçado do tabloide é um marco tenebroso para a liberdade da mídia na história recente de Hong Kong.



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