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Inpe aponta pior alta de desmatamento na Amazônia

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    Femme News
  • 10 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

De acordo com dados do instituto, a Amazônia bateu um novo recorde de desmatamento no mês de junho


Por Larissa Marques

Imagem: Reprodução / Ricardo Moraes / Reuters / Arquivo

No último mês, a taxa de desmatamento na Amazônia teve uma alta, batendo assim um recorde com relação ao mês de junho do ano passado, desta maneira sendo o 14º mês consecutivo de aumento. Segundo dados do Inpe, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o sistema DETER emitiu alertas o qual indicam perda de 1.034,4 km² de área.

Sendo assim, teve alta de 10,65% relacionado ao mês de junho de 2019 visto que a perda de área por desmate foi de 934,81 km². Dessa forma, o mês passado se tornou o mês em que houve maior índice de desmatamento em 5 anos.

A saber, taxa a devastação está em crescente desde o ano passado e desde dessa época, alertas do DETER, que é um sistema de alerta para dar suporte à fiscalização e controle de desmatamento e da degradação florestal realizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a demais órgãos ligados ao meio ambiente, vem sendo destacados pela mídia. Após receber os alertas, é confirmado pelo PRODES que faz o monitoramento do desmatamento por satélites e fornece a taxa oficial anualmente.

Dados dos alertas apontam que, além da alta de 10,65% ser maior com relação ao mesmo mês do ano passado, houve uma alta de 25% do primeiro semestre comparado ao mesmo período do ano passado. Similarmente, no mês de maio houve um aumento de 24,31% em relação ao mesmo mês de 2019, dessa forma batendo um recorde para o mesmo período.


Imagem: Reprodução/ Inpe/DETER

Em nota à Reuters, a gerente da ONG WWF-Brasil, Mariana Napolitano, afirma que a pressão está aumentando e que “os dados de desmatamento por si só já mostram que a gente tem uma situação muito complicada e fora do controle na Amazônia agora”.

Nesse interim, a operação militar Verde Brasil 2, que tem como objetivo combater crimes ambientais na Amazônia Legal, foi prorrogada mais uma vez. As operações são coordenadas pelo vice-presidente Hamilton Mourão, com o apoio de órgãos de controle ambiental e segurança pública. Os trabalhos tiveram início no dia 11 de maio e a prorrogação será até o dia 6 de novembro deste ano.

De acordo com informações da página do Governo do Brasil:” em quase um mês de atuação da Verde Brasil 2, foi realizada inspeção em mais de 1,9 embarcações, sendo que 105 foram apreendidas. Além disso, quatro mil veículos foram vistoriados e 108 retidos por irregularidades. Quase 14 mil metros cúbicos de madeira ilegal foram confiscados e mais de R$ 99 milhões de multas ambientais aplicados nesse período”.

Inicialmente o aporte, ou seja, a contribuição financeira seria de cerca de 60 milhões de reais. No entanto, segundo o Estadão, apenas 0,7% disso já foi usado.

Nesta sexta-feira (10), o vice-presidente Hamilton Mourão, admitiu que a operação Verde Brasil 2 não teve nenhuma ajuda financeira de cofres públicos.” Vamos lembrar que até agora as Forças Armadas não receberam um centavo. Tem uma notícia que só executaram 0,7%... Não, não receberam nada”, afirma o vice-presidente.

Sendo questionado por jornalistas à frente do Palácio do Planalto sobre o projeto de lei, para que o recurso seja aprovado, ele afirma que: “A economia vai ter que enviar um projeto de lei para o Congresso pedindo crédito extraordinário, porque não tem recurso para alocar”.

Em suma, o vice afirma que o país começou tarde contra as ações de desmatamento. "Começou tarde, lógico. O começo em maio vai nos dar uma melhor situação em relação às queimadas, mas não ao desmatamento", disse o vice-presidente.

Tenho colocado que vamos prosseguir nesse tipo de trabalho até final de 2022, ou até que a turma que desmata se dê conta que não dá mais para fazer isso", declarou Mourão.


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