O agulhamento pré-operatório é feito com a ajuda de tomografia computadorizada
O Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente (HRCPP) utilizou pela primeira vez a técnica de agulhamento pré-operatório, que serve para tratamento de tumores renais mais graves. A equipe composta por urologistas, um radiologista e um anestesiologista, realizou o procedimento que faz parte de um projeto de pesquisa de autoria própria do responsável pelo departamento de Uro-Oncologia, Felipe de Almeida e Paula.
Em entrevista para o G1, o médico explicou que "O ponto de partida para a idealização dessa nova técnica foi a procura por alternativas para o tratamento de tumores renais totalmente endofíticos (escondidos dentro do rim). Alguns tumores dos rins são difíceis de serem localizados no momento da cirurgia. Atualmente se utiliza o ultrassom intraoperatório, que são aparelhos caros e nem sempre eficientes para todos os casos. Buscamos uma alternativa eficaz, barata e de fácil reprodução. Além disso, o agulhamento pré-operatório já era realizado para os nódulos de mama”. A técnica já foi realizada antes, no encontro do Grupo Latino Americano de Câncer de Rim (LARCG), e teve sucesso.
O procedimento acontece antes da realização do processo cirúrgico, onde antes o paciente é levado para o Centro de Diagnóstico por Imagem. A marcação do agulhamento é feita com uma agulha fina e um pequeno fio, contando com ajuda também da tomografia computadorizada. Após isso, o paciente é encaminhado para a cirurgia que é minimamente invasiva (laparoscopia), e utiliza o fio como guia para achar o tumor, que pode ser retirado.
Ainda para o G1, Felipe acrescenta que "O agulhamento renal guiado por tomografia computadorizada vislumbra precisão, possibilitando a identificação de tumores de difícil acesso; preservação, colaborando com a tentativa de se evitar extirpações radicais; e baixo custo, desobrigando a necessidade do uso de ultrassonografia laparoscópica intraoperatória”.
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