Homicídio culposo ou doloso: a identificação do caso ainda pode mudar
- Femme News
- 5 de jun. de 2020
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Promotor de Justiça do MPPE vai avaliar provas e decidir se acusa Sari Corte Real por homicídio culposo ou doloso
Por Carolina Gandra

Sari Corte Real foi presa por homicídio culposo pela morte de Miguel Otávio. De acordo com o delegado Ramon Teixeira, ela não teve intenção de matar o menino, mas foi negligente por deixá-lo sozinho no elevador.
A Polícia Civil deve direcionar a conclusão do inquérito ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Portanto, é possível que o caso tenha uma reviravolta: o promotor de Justiça vai avaliar todas as provas e depoimentos e decidir se acusa Sari Corte Real por homicídio doloso (quando há a intenção de matar) ou culposo (quando não há a intenção de matar). Se o promotor decidir denunciá-la por homicídio doloso, Sari Corte Real será levada ao júri popular, onde os crimes intencionais são julgados.
Entenda o caso
Miguel Otávio Santana da Silva, filho negro da empregada doméstica Mirtes Renata de Souza, morreu após cair do 9º andar do edifício Píer Maurício de Nassau, em Recife, na última terça-feira (2).
O menino de 5 anos acompanhou a mãe ao trabalho, por causa das creches fechadas pela pandemia do coronavírus. A empregada doméstica foi passear com o cachorro da patroa, Sari Corte Real, deixando o filho com esta. No entanto, o menino foi procurar a mãe e andou até o elevador. A câmera de segurança registrou que a patroa apertou um botão em andar superior ao que eles estavam e deixou Miguel sozinho no elevador. Ele subiu até a área dos aparelhos de ar-condicionado, escalou a grade e caiu de uma altura de 35 metros. Ele foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos. Sari foi presa em flagrante por homicídio culposo, mas pagou uma fiança de R$ 20 mil reais e foi liberada.

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