No Carrefour de Porto Alegre, João Alberto Silveira de 40 anos foi espancado até a morte por seguranças e um PM
Na noite desta quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra (20, um homem negro foi espancado até a morte por dois homens brancos em uma unidade da rede de supermercados Carrefour em Porto Alegre. O crime é investigado pela Polícia Civil do Estado.
A vítima João Alberto Silveira de 40 anos, teve um desentendimento com uma funcionária e testemunhas disseram que ele teria feito “gestos agressivos”, então a segurança foi acionada e o conduziram para fora da loja. De acordo com o delegado Leandro Bodoia, plantonista da Delegacia de Homicídio e Proteção à pessoa, as agressões começaram após João Alberto desferir um soco no segurança. Um policial militar temporário que estava no local participou do crime junto com o segurança e ambos foram presos em flagrante.
O crime ganhou grande repercussão com a circulação de um vídeo da agressão nas redes sociais. Nele é possível perceber os gritos de João Alberto enquanto recebe diversos socos no rosto. Confira o vídeo abaixo. Contém imagens fortes.
Em nota o grupo Carrefour lamenta o caso e disse que vão romper o contrato com a empresa de segurança do responsável pelo crime, o grupo considerou a morte brutal e informaram que adotarão as medidas cabíveis.
Leia a nota na íntegra:
O Carrefour informa que adotará as medidas cabíveis para responsabilizar os envolvidos neste ato criminoso. Também romperá o contrato com a empresa que responde pelos seguranças que cometeram a agressão. O funcionário que estava no comando da loja no momento do incidente será desligado. Em respeito à vítima, a loja será fechada. Entraremos em contato com a família do senhor João Alberto para dar o suporte necessário.
O Carrefour lamenta profundamente o caso. Ao tomar conhecimento deste inexplicável episódio, iniciamos uma rigorosa apuração interna e, imediatamente, tomamos as providências cabíveis para que os responsáveis sejam punidos legalmente. Para nós, nenhum tipo de violência e intolerância é admissível, e não aceitamos que situações como estas aconteçam. Estamos profundamente consternados com tudo que aconteceu e acompanharemos os desdobramentos do caso, oferecendo todo suporte para as autoridades locais.
A Brigada Militar também se manifestou em nota, informou que o PM envolvido é temporário e não estava em horário de trabalho. " Suas atribuições são a execução de serviços internos, atividades administrativas e videomonitoramento" e "guarda externa de estabelecimentos penais e de prédios públicos" afirmou em nota sobre o trabalho do PM.
João Alberto Silveira morreu no local, apesar dos esforços da equipe do SAMU de reanimá-lo. A causa da morte ainda não é certa, uma análise preliminar indica que pode ter sido asfixia.
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