Vereadores votam a favor ou contra, mas o processo pode trombar em “devotos” do Crivella
Por Giovanna De Luca
A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro vai definir a possível abertura de processo de impeachment contra o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos). A denúncia foi motivada após a Tv Globo revelar o esquema batizado de “Guardiões do Crivella” em reportagem, que impede o trabalho dos jornalistas em unidades de saúde na cidade. A votação, que está agendada para a tarde de hoje (3), pode esbarrar em uma manobra da base dos “devotos” do governo municipal.
Entenda:
Atualmente, residem na câmara 51 vereadores, para iniciar a sessão é necessário que ao menos 26 estejam presentes. Visto que a base de apoio do prefeito conta com 21 membros, a oposição teme que o processo não aconteça por falta de quórum, ou seja, os apoiadores do Crivella faltem de forma orquestrada.
Além disso, segundo a Uol, a Câmara tem um “grupo flutuante”, que é formado por vereadores que não possuem um posicionamento claro, “o que daria margem a negociações em troca de um posicionamento em prol do governo.”
Outro cenário é que se ao menos 26 vereadores, maioria simples dos presentes, comparecerem à sessão, a abertura de processo de impeachment pode ser aprovada. Em outra conjuntura, os vereadores podem sugerir que o processo não aconteça e no lugar se estabeleça uma investigação conduzida por uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) por supostas irregularidades da prefeitura.
Comments