Sem salário, rodoviários do BRT fazem greve e a paralisação do serviço prejudica trabalhadores
Na madrugada da última segunda-feira (1), os motoristas do BRT, transporte que atende grande parte da população do Rio de Janeiro, começaram uma greve. O movimento se deu por uma falta de verba do consórcio de ônibus para pagar os motoristas.
“O setor de transporte de passageiros vem atravessando a sua mais grave crise econômico-financeira no Rio. A Covid-19 veio agravar e acelerar uma realidade que já vinha sendo impactada pelo congelamento da tarifa há dois anos, pela expansão do transporte clandestino por vans e do transporte por meio de aplicativos, pela concessão de gratuidades sem fonte de custeio, entre outros fatores”, declara a empresa em seu site oficial. A informação foi publicada no dia 30 de janeiro deste ano.
A paralisação do BRT fez com que a cidade entrasse em estágio de atenção às 6h30 da manhã desta segunda-feira, de acordo com a Central de Operações Rio. Existem cinco níveis de escala operacional, que pode ser anunciada devido às chuvas ou grandes transtornos que prejudiquem o bom andamento e execução de serviços na cidade.
O BRT conta com três corredores para atender parte da Zona Oeste e Zona Norte o Rio de Janeiro. Devido a paralisação, nenhum dos três corredores tiveram funcionamento neste primeiro dia útil de fevereiro. Dessa forma, milhares de trabalhadores que dependem do BRT, perderam o dia de serviço. Algumas estações permaneceram fechadas durante todo o dia.
Para quem não podia perder um compromisso, a opção desses passageiros foi pedir um carro de aplicativo, optar por um ônibus executivo custando até quatro vezes mais que o BRT, ou seguir um caminho mais longo e demorado com outros ônibus a preço básico.
O prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes, que recomeçou seu mandato no início deste ano, fez um apelo em seu Twitter para que os motoristas entendessem a situação da cidade e voltassem ao trabalho para não prejudicar mais trabalhadores.
Audiência Marcada
Durante o início da noite de segunda-feira, o consórcio BRT soltou uma nota que diz: “Em razão da audiência marcada pela Justiça do Trabalho para amanhã, dia 02/02/2021, o BRT Rio suspendeu a aplicação do 5°. Termo Aditivo assinado com o Sindicato dos Rodoviários. Com isso, foi solicitado aos motoristas o retorno imediato ao trabalho.”
A audiência está marcada para terça-feira (2) às 14h na sede do BRT, onde irão participar o Ministério Público do Trabalho, o Sindicato dos Rodoviários do Rio de Janeiro, a Prefeitura do Rio e o BRT Rio.
Confira detalhes do 5° Termo Aditivo antes assinado pelas duas partes no informativo do Sindicato de Rodoviários do Rio de Janeiro:
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