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Foto do escritorNatasha Sioli

Gastos com importação de armas é 36% maior que no ano passado e atinge maior índice em 11 anos

Somente este ano, já foram gastos mais de R$ 77 milhões com importação de armas estrangeiras e munições

Foto: Pixabay

Este ano, o Brasil teve o maior gasto com a entrada de armamento estrangeiro dos últimos 11 anos, segundo dados do Siscomex (Sistema integrado de Comércio Exterior, do Ministério da Economia. Apesar do governo federal ter deixado de lado os impostos sobre a importação de armas de fogo e as munições, os gastos com armas estrangeiras chegaram a US$ 45,3 milhões até meados de novembro, sendo cerca de 36% a mais do que no último ano.


Apenas no governo Bolsonaro, no período entre o início de 2019 e agora o final de 2020, os gastos público e privado para a importação de armas e munições já chegaram a R$ 79,1 milhões. De acordo com os especialistas, o aumento nos gastos se deve aos incentivos públicos que o presidente Jair Bolsonaro e seus aliados fizeram a favor da compra do armamento estrangeiro, no entanto, desde o governo Temer que as restrições para a importação de armas já estavam sendo flexibilizadas.


Os dados foram obtidos pelo jornal O Globo e especifica somente os gastos com armas de fogo, munições, cassetetes, pistolas de ar e armas brancas. Os gastos com importações de armas de guerra, usadas somente pelas Forças Armadas, não estão incluídos nos dados.


Nesta quarta-feira (9), a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou a alíquota da taxa de importação para a categoria de revólveres e pistolas, a medida passará a valer a partir de janeiro de 2021 e já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). De acordo com Isabel Figueiredo, pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a resolução não possui um estudo de impacto econômico e social e está junto a outras medidas de flexibilização que facilitem o acesso às armas e munições no Brasil.


"É uma medida que não apresentou um estudo, inclusive de impacto econômico. É algo que não passa pelo financeiro. O que move esse movimento é dar resposta ao grupo pró-armas que está pressionando. Já não tínhamos uma política estruturada de controle, mas o que vimos foram declaração e medida de flexibilização de acesso às armas. É preciso que o Congresso Nacional se coloque no debate e discuta ações efetivas de controle dos arroubos do presidente", disse a pesquisadora em entrevista ao O Globo


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