Tragédia aconteceu durante o Lag B'Omer, evento religioso para judeus ortodoxos
Nesta sexta-feira no Monte Meron em Israel (noite de quinta-feira no Brasil pelo horário de Brasília) aconteceu o maior evento religioso conhecido como Lag B´Omer que é celebrado o feriado judaico, porém com um desfecho trágico resumindo em 45 mortes e mais de 100 feridos devido a um tumulto com origem ainda sendo investigada.
As causas do acidente ainda não estão claras e uma apuração pelas autoridades competentes está sendo feita. Inicialmente relatos indicaram que uma estrutura do evento desabou, mas funcionários do Magen David Adom (MDA - serviço nacional de emergência) disseram posteriormente que a tragédia começou com um tumulto. Também há relatos de que pessoas caíram em uma arquibancada, assustando o público do entorno que tentaram sair às pressas por uma passagem estreita pisoteando outras pessoas.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi até o local descrevendo o cenário como “forte desastre”, e declarou o domingo um dia de luto pelas vítimas da tragédia.
Em relatos à imprensa local, voluntários e socorristas declararam que o cenário era devastador. Ainda tem corpos sem identificação, muitas pessoas foram encontradas desacordadas por terem sido pisoteadas, e outras com queimaduras graves causada pelas fogueiras.
Também afirmaram terem socorrido muitas crianças e que uma das partes mais tristes são os celulares das vítimas que não param de tocar sendo buscados por familiares e amigos.
Festividade religiosa
O Lag B’Omer é uma celebração que ocorre todo ano no Monte Meron, onde foi enterrado o rabino Simon Bar Yochai, sábio a quem é creditado a autoria da obra central do misticismo judaico, e também celebração por essa data marcar o fim de uma pandemia devastadora.
O ritual conta com danças, músicas, rezas, fogueiras e velas e de acordo com os organizadores reuniu cerca de 100.000 pessoas.
O festival desse ano marca a retomada eventos ao ar livre no país, já que Israel teve programa de vacinação em massa extremamente acelerado e um confinamento rigoroso.
Mesmo após o desastre há relatos de que religiosos retornaram ao Monte Meron para continuar a celebração judaica.
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