Festa de réveillon na Avenida Paulista é cancelada pela Prefeitura de São Paulo

Devido à pandemia, o cancelamento de megaeventos, como réveillon e carnaval, está sendo discutido entre estados para evitar ainda mais o contágio da doença

Por Beatriz Catão

Foto: Nelson Antoine/Fotoarena/VEJA

Nesta sexta-feira (17), o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), anunciou que a festa de réveillon da Avenida Paulista, região central da cidade, não será realizada na virada para 2021 devido à pandemia do coronavírus. Sendo assim, a Prefeitura de São Paulo também está discutindo com outras cidades e escolas de samba sobre novas possibilidades de datas para o carnaval 2021.

“Hoje a gente anuncia que nós também não teremos o réveillon na Paulista nessa virada de ano de 2020 para 2021. Tanto a prefeitura quanto o governo do estado de São Paulo, os técnicos de vigilância sanitária e do governo do estado entendem muito temerário nós organizarmos um evento para um milhão de pessoas na Avenida Paulista para dezembro deste ano”, afirmou Covas durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Ele ressaltou que o importante no momento é a manutenção da saúde da população, apesar das perdas econômicas. “Claro que o réveillon na Paulista ajuda o setor de turismo, mas é um evento muito mais para os paulistanos do que para os turistas”, completou.

O governador de São Paulo, João Dória (PSDB), afirmou nesta quarta-feira (15) que não era cabível considerar a realização de festas de ano novo e carnaval diante de uma pandemia e sem a vacinação em massa da população.

Portanto, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador estudam a hipótese de adiar o carnaval para o meio do ano. No Rio de Janeiro, cinco das doze escolas de samba do Grupo Especial dizem que só participam dos desfiles se houver vacina e que vão votam juntas pelo adiamento da festa por tempo indeterminado.