Federação alemã de futebol opta por não punir jogadores

Atletas protestam contra o racismo e morte de George Floyd durante jogos da Bundesliga. Fifa tinha pedido “bom senso” nas punições

A Federação Alemã de futebol (DFB) não valida as punições aos jogadores por terem prestado homenagem ao cidadão americano negro, George Floyd, que foi brutalmente assassinado por um policial branco em 25 de maio, na cidade de Minneapolis, Estados Unidos.

Foto: DFB

Foram 4 jogadores que realizaram os protestos durante as partidas de futebol no último final de semana (30 e 31). Achraf Hakimi, Jadon Sancho (ambos do Borussia Dortmund) estamparam a frase “Justice for George Floyd” em suas camisas, Já Weston McKennie (Schalke 04) usou uma pulseira para demonstrar sua revolta, Marcus Thuram (Borussia Mönchengladbach) se ajoelhou em campo como protesto.

As manifestações contra o racismo se espalharam pelo mundo, nos Estados Unidos onde tal revolta se originou, há protestos intensos em todos os Estados Norte-americanos. Portanto, o futebol como um esporte inclusivo e de grande força não poderia se ausentar nesse momento tão importante contra a discriminação e opressão racial. A federação internacional de futebol, FIFA, se pronunciou a favor das manifestações em campo, pedindo cautela no julgamento das punições.

Em nota oficial, publicada nessa quarta-feira (03) o presidente da DFB Fritz Keller disse: “Congratulo-me expressamente com a decisão perspicaz do comitê de controle da DFB e estou muito feliz com isso. A DFB se opõe firmemente a todas as formas de racismo, discriminação e violência e defende tolerância, abertura e diversidade - valores que também são da DFB Estatutos. Portanto, as ações dos jogadores têm nosso respeito e entendimento”

O mesmo levantou a questão sobre não poder manifestações políticas nos estádios, regra no futebol internacional. O presidente da DFB contatou a Comissão de Responsabilidade Social da DFB para debaterem mais afundo tal regulamento, “queremos jogadores maduros que deem um bom exemplo e convençam as pessoas de nossos valores. Isso deve ser possível” declarou Fritz.

Foto: Getty Imagens

Por Luana Silva