Entenda o que é a LGBTfobia e relembre casos de violência contra LGBTQIA+
- Femme News
- 28 de jun. de 2020
- 2 min de leitura
Por: Ana Luiza Couto

A LGBTfobia é a agressão verbal ou não verbal contra um indivíduo ou um grupo que se encaixe na sigla LGBTQIA+. Essa agressão pode ser cometida por cidadãos que se identificam com ideologias extremistas, religiões - quando um indivíduo é julgado como doente ou "cabeça fraca"- e leis que visam pessoas que contrariam os padrões da heterocisnormatividade.
O primeiro país a liberar casamentos entre homossexuais foram os Países Baixos, em 2001. Em 2013, o Brasil se tornou um dos países em que o casamento homoafetivo era permitido. Há menos de 20 anos que alguns países começaram a permitir o ato de amor, um marco muito recente comparando à história da humanidade. Mas, ainda assim, muitos países, de maioria islâmica, ainda abominam casamentos entre pessoas do mesmo sexo, muitos com penas de prisão perpétua ou até mesmo de morte. Apenas em 2018 que a OMS retirou a transexualidade da lista de doenças mentais.
Relembrando crimes
Um incêndio criminoso em junho de 1973 destruiu em apenas 20 minutos o Upstairs Lounge, bar gay no bairro francês de Nova Orleans, matando 32 pessoas, em sua maioria homens homossexuais, e ferindo dezenas. Antes do massacre em Orlando, este era o ataque mais mortal à comunidade LGBT já registrado. A imprensa e as autoridades não deram a atenção devida ao caso.
Em novembro de 1980, um homem armado atira contra dois bares gays de Nova York. Duas pessoas morreram e outras seis ficaram feridas. Ronald Crumpley foi atestado como irresponsável mentalmente e foi internado. Ele afirmava que homossexuais eram agentes do diabo que roubariam sua alma.
Em abril de 1999, uma bomba explode em um pub londrino bastante frequentado pela comunidade gay. Três pessoas morreram, incluindo uma mulher grávida, e outras 65 ficaram feridas. Uma semana antes, duas bombas explodiram na cidade, ferindo 52 pessoas. Todas as bombas foram lançados pelo mesmo agressor, que se autointitulava como neonazista.
Em outubro de 2009, dois jovens foram mortos e doze ficaram feridos em Tel Aviv. Uma pessoa mascarada chegou atirando, com uma arma automática, contra um grupo de jovens que faziam parte de um centro de aconselhamento para homossexuais.
Em dezembro de 2010, dois jovens gays foram agredidos por um grupo de 6 pessoas, incluindo duas mulheres, enquanto saiam de uma casa LGBT nas proximidades da Av. Paulista.
Em fevereiro de 2013, a travesti Melissa Freitas, foi espancada e jogada de uma passarela na linha do trem após sair de uma quadra de escola de samba. O crime aconteceu por volta de 2h da manhã, em Padre Miguel, Rio de Janeiro.
Em junho de 2016, um homem armado invadiu a boate Pulse, em Orlando, e disparou contra os frequentadores do local. 49 pessoas morreram. O criminoso morreu no confronto com a polícia.
Pais e filhos já foram espancados por estarem de mãos dadas e terem sido confundidos com casais homossexuais. Travestis são mortas diariamente e diretamente associadas à prostituição. Adolescentes LGBTs sofrem insultos e agressões da própria família. Mulheres lésbicas sofrem estupros de "correção".
O Brasil registrou 329 mortes de LGBTs por agressão no ano de 2019.
"O amor é uma péssima coisa para se odiar."
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