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O documento é feito anualmente e foi publicado na quarta-feira (12) por cientistas do mundo todo
Por Jessica Mesquita
O relatório que é feito anualmente por cientistas do mundo todo, o "State of the Climate”, foi publicado na quarta-feira (12) e mostra que as décadas de 2010 a 2019 foram os anos mais quentes da história do planeta, e que o ano passado esteve entre os três anos mais quentes registrados desde o século 19.
Os dados referentes a última década seguem uma tendência histórica: desde a década de 80, cada período de dez anos que veio depois foi mais quente que a década anterior. O período de 2010 a 2019 foi 0,2ºC mais quente que o período de 2000 a 2009. Somente o ano de 2016, foi considerado mais quente que o ano de 2019. Depois de 2013, todos os anos subsequentes foram mais quentes que os anteriores, desde meados do século 19.
Esta é a trigésima edição do relatório "State of the Climate". Nesta edição teve a contribuição de 528 autores e editores de 61 países. A série histórica mostra, ano a ano, as consequências das mudanças climáticas terrestres.
Os cientistas pontuam que, no ano passado, as emissões causadas por incêndio em regiões florestais de vários países, inclusive o Brasil, compensaram a tendência de queda, que acontece a longo prazo, nas emissões das regiões da savana.
Em 2019, tanto a Nasa (a agência espacial americana) como o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) classificaram o período de queimadas da Amazônia como o pior ano desde 2010. Também foi registrado aumento nos focos de queimadas no cerrado, e uma inédita alta no desmatamento da Amazônia.
Uma onda de calor no sudeste brasileiro também contribuiu para temperaturas extremas na América do Sul, que registrou seu segundo ano mais quente na história. Em Santiago, no Chile, houve um novo recorde de temperatura máxima: 38,3°C em 27 de janeiro.
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