O presidente americano também pediu que o país asiático seja responsabilizado pelas suas ações de transmissão do vírus pelo mundo
Após o discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (22), foi a vez do presidente Donald Trump fazer o seu discurso junto com algumas ressalvas. Em seu discurso, Trump atacou novamente a China e pediu que a ONU responsabilize o país por causar a pandemia.
"Nos primeiros dias do vírus, a China fechou-se para viagens domésticas, mas permitiu que as pessoas saíssem da China e infectassem o mundo", disse o presidente dos EUA, e também acrescentou "O governo chinês e a Organização Mundial da Saúde, que é controlada pela China, falsamente declararam que não havia evidência de transmissão entre humanos. Depois, afirmaram falsamente que as pessoas sem sintomas não poderiam espalhar a doença. A ONU precisa responsabilizar a China pelas suas ações."
Depois, Trump ressaltou que as prioridades da ONU nos próximos anos deve ser focada nos "problemas reais do mundo", como o terrorismo, o trabalho forçado, o tráfico de drogas e de pessoas, a perseguição religiosa, a opressão de mulheres e a limpeza étnica de minorias. No entanto, ainda esse mês foi revelado que mulheres imigrantes estavam sendo submetidas a cirurgias para retirada do útero em um centro de detenção nos EUA, mas isso não foi colocado no discurso.
Trump também falou sobre o combate que os EUA estão tendo contra o novo coronavírus e disse que a produção das vacinas está sendo realizada em massa para que possam ser entregues e distribuídas, porém o presidente não citou o número de mortes pela Covid-19 que o país alcança, que está chegando aos 200 mil mortos.
Ao final do discurso, o presidente dos EUA citou o recente acordo entre os Emirados Árabes, Bahrein e Israel, que os EUA intermediou e que ele mesmo os considera como um sinal de paz no Oriente Médio, podendo até promover um acordo comercial entre o México e o Canadá, substituindo o antigo acordo Nafta. "Pretendemos apresentar mais acordos de paz em breve, e eu nunca estive mais otimista sobre o futuro da região. Não tem sangue na areia, esses dias [de guerra no Oriente Médio] acabaram."
Para finalizar, Trump disse novamente que sempre irá colocar os EUA em "primeiro lugar", que é um dos seus slogans de campanhas, e fez a sugestão de que os outros líderes mundiais tenham a mesma atitude. Com as eleições presidenciais marcadas para o dia 3 de novembro, esta pode ter sido a última vez que Donald Trump tenha se pronunciado em um encontro do órgão.
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