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Foto do escritorAna Modesto

Diabo-da-Tasmânia: após 3 mil anos de extinção, animal é visto na Austrália

Os 26 diabos-da-tasmânia encontrados já foram liberados na natureza depois de sucesso nos testes

Foto: Reprodução/Portal da Íntegra

Depois de 3 mil anos considerado extinto em quase toda a austrália, 26 diabos-da-tasmânia (Sarcophilus harrisii) foram encontrados e levados ao Parque Nacional australiano em Barrington Tops, considerado uma grande santuário da vida selvagem. O local possui 400 hectares e as condições necessárias para a sua reprodução orgânica, logo, sendo repensada a sua extinção. O único local em que o animal não era considerado extinto era na Tasmânia, uma ilha isolada do resto do país.


Os primeiros 15 Diabos-da-Tasmânia haviam sido liberados à natureza em março deste ano, para testar a capacidade adaptativa deles ao ambiente. Em setembro, mais precisamente na última segunda-feira (5), o ator Chris Hemsworth visitou o santuário e os 11 diabos-da-tasmânia restantes foram reintroduzidos à natureza em celebração ao sucesso do projeto.


Esta reintrodução à Natureza possui o objetivo de um maior controle ecológico de alguns animais carnívoros do continente. Os animais mais jovens foram selecionados para auxiliar na continuidade da reprodução da espécie que ocorrerá em fevereiro do próximo ano.


Esses animais são considerado inofensivos à fauna e flora locais e também aos humanos. No entanto, uma das principais causas da sua contínua diminuição no mundo e extinção em algumas regiões é a forte interferência humana no ambiente e habitat natural de diversos animais, incluindo o Diabo-da-Tasmânia. Outro fator relevante a sua extinção é uma doença ainda pouco conhecida para a área científica, que é o tumor do diabo-da-tasmânia. Doença que matou cerca de 90% na década de 1990


Tim Faulkner, presidente da ONG Aussie Ark, líder do projeto e responsável pela filmagem da libertação dos animais a natureza relata a sua opinião sobre:


"Daqui a 100 anos, vamos olhar para este dia como o dia que deu início à restauração ecológica de um país inteiro”


De acordo com registros fósseis a provável causa de seu sumiço em grande parte do território australiano há 3 mil anos atrás provém da vinda de humanos ao continente e com ele a introdução dos dingos, uma espécie de cão selvagem que conjuntamente com as mudanças climáticas da época auxiliaram na sua extinção.


Estima-se que existam 25 mil diabos-da-tasmânia vivos na natureza e por esta razão a espécie ainda encontra-se ameaçada de extinção. Atualmente, há diversos projetos que buscam a preservação e restauração da espécie no país, como o de Barrington Tops.


Este é um programa que acompanha o desenvolvimento da espécie desde 2004 e partir do uso de câmeras e coleiras especiais monitoram e estudam seus movimentos. Este projeto se faz importante, pois há uma grande fragilidade na vida desses animais na temporada de incêndios florestais que a afeta a região e causa enormes prejuízos à vida selvagem.

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